Definição
O
acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um
deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24
horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado
de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de
oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte
dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu
início, e podendo progredir ao longo do tempo
Mas, o AVC é, em grande parte, passível de ser prevenido e
evitado. Todos nós, cidadãos, estruturas de Saúde, médicose outros
profissionais, devem aprender a reconhecer um conjunto de atitudes, hábitos e
comportamentos (fatores de risco) que favorecem a ocorrência deste evento
trombótico e a aceitar as estratégias de Saúde, direcionadas para os indivíduos
de maior risco, capazes de favorecerem uma vida com mais qualidade, maior
longevidade e menor propensão (menor probabilidade) de doença vascular
cerebral.
Uma
palavra que devemos ter em mente é que o AVC é evitável. E os fatores de risco
e os comportamentos relacionados com a doença vascular cerebral são conhecidos
e a sua prevenção e tratamento têm um impacto importante na redução do risco de
ocorrência de um evento inicial (assim como na recorrência de um primeiro AVC).
A
prevenção surge como um ditame ético central a que cada um de nós pode e deve
responder! É fundamental reconhecermos o risco e identificarmos as situações
que favorecem as suas sequelas. Para além da idade, a HTA, a diabetes
mellitus,a FA (e as doenças cardíacas) e das dislipidemias devem ser
diagnosticadas, tratadas e controladas. O tabagismo deve ser evitado e parado,
a dieta deve ser ponderada e saudável, o exercício físico deve ser fomentado e
mantido, o peso deve ser equilibrado e a obesidade e o sedentarismo devem ser
combatidos.
www.fpcardiologia.pt
A
cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral
(AVC), sendo essa uma das primeiras causas de morte e incapacidade no mundo, de
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Academia Brasileira de
Neurologia (ABN). "O AVC, que atualmente é chamado de AVE (acidente
vascular encefálico), ocorre quando existe Sintomas que podem ser discretos, e
é muito comum acharmos que, em caso de derrame cerebral, a pessoa irá passar
mal e desmaiar, devendo ser encaminhada para o hospital. Entretanto, os
sintomas são muito mais sutis. "Dormência e fraqueza em uma metade do
corpo, Alteração da fala e desequilíbrio são alguns dos sintomas de AVC.
E
a OMS relata que, é a segunda maior causa de morte no mundo. Segundo o
neurologista Marcos Stávali, diz que. "Uma boa educação da população jovem
pode voltar a impedir que os índices elevados continuem ocorrendo”, e assim
podemos dizer que é uma questão
educacional, que fala também sobre diagnósticos, tratamento da doença,
influência da alimentação e de medicamentos na causa de derrames.
Porque
o AVC é uma síndrome neurológica complexa envolvendo anormalidade usualmente
súbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação
cerebral ou de hemorragia seja parenquimatosa ou subaracnóidea. Cerca de 85%
dos AVC são de origem isquêmica e 15 % decorrentes de hemorragia cerebral. O AVC é altamente prevalente e principalmente
devido aos avanços das últimas décadas, deve ser considerada uma emergência
médica. O termo “brain attack” é frequentemente utilizado na literatura
mundial, em virtude de instalação súbita e para demonstrar a importância de seu
diagnóstico e manuseio precoces. Apesar de todos estes aspectos descritos, este
tema é cercado de controvérsia e dúvidas. Neste texto será dada uma visão
atualizada de aspectos gerais em relação à epidemiologia, fisiopatologia,
quadro clínico, diagnóstico, tratamento e prognóstico do AVC, com ênfase no
tipo isquêmico, mais prevalente.
Objectivos Geral
É
de obter mas conhecimentos apurados do tema em análise como devem ser combatidas ou prevenir
Objectivo
Específico
É
de servir como metódo de apoio e consulta na instituição e herriquecer a
biblioteca escolar e a qualquer que manifestar interece sobre o assunto em
abordagem
Fundamento Teórico
História do Acidente Vascular Cerebral
Foi
Hipócrates quem descreveu pela primeira vez a paralisia repentina que é
frequentemente associada com os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Os
episódios de AVC e o histórico familiar de AVC têm sido descritos desde o
segundo milénio A.C. adiante, na antiga Mesopotâmia e Pérsia. Hipócrates
(460-370 A.C.) foi o primeiro a descrever o fenómeno da paralisia repentina,
que é frequentemente associado com a isquemia. A apoplexia, que advém da palavra
grega que significa “atingido violentamente”, surgiu pela primeira vez nas
escritas de Hipócrates para descrever este fenómeno. A palavra AVC foi
utilizada como sinónimo de ataque apoplético desde 1599, e é uma tradução
bastante literal do termo grego.
Em
1658, na sua Apoplexia, Johann Jacob Wepfer (1620-1695) identificou a causa do
AVC hemorrágico, quando sugeriu que as pessoas que tinham morrido de apoplexia
tinham hemorragias nos seus cérebros. Wepfer também identificou as principais
artérias que irrigam o cérebro, as artérias carótidas e vertebrais, e
identificou a causa dum tipo de AVC isquémico conhecido como enfarte cerebral
quando sugeriu que a apoplexia podia ser causada por um bloqueio a estas
artérias. Rudolf Virchow descreveu pela primeira vez o mecanismo de
tromboembolismo como um fator importante.
O
termo AVC foi introduzido em 1927, refletindo uma “crescente consciêncialização
e aceitação das teorias vasculares e (…) o reconhecimento das consequências
duma interrupção brusca do fornecimento vascular do cérebro”. [168] O seu uso
agora é desencorajado por vários livros didáticos de neurologia, fundamentando
que a conotação fortuita realizada pela palavra “acidente”, não destaca
suficientemente a alterabilidade dos fatores de risco subjacentes. Como
alternativa pode ser utilizada Apoplexia Cerebrovascular.
O
termo “brain attack” (ataque cerebral) foi introduzido para sublinhar a
natureza aguda do AVC de acordo com a American Stroke Association (Associação
de AVC), que tem utilizado o termo desde 1990, e é utilizado coloquialmente
para se referir tanto ao AVC isquémico, como ao AVC hemorrágico.
Conhecido popularmente como derrame, o AVC
segundo as pesquisas é tido como a segunda maior causa de morte no mundo.
O AVC segundo o dicionário médico é definido
como uma manifestação muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro
de origem arterial: espasmo,isquemia,hemorragia e trombose (Manuiila, Lewalle e
Nicoulin 2003) que geralmente afecta a maioria idosa, porém baseado em
pesquisas existindo uma percentagem de 20% dos AVC’s que ocorrem em individuos
abaixos dos 65anos
Independentememnte da faixa etária das
pessoas nas quais a doença se instala, apresentam como os trombos e o
embolismo(Enfartes cerebrais), hemorragia secundária ao aneurisma, anormalidades
do desenvolvimento, hipertensão arterial, hemorragia cerebral, malformação dos
vasos sanguinios, tumores cerebrais, traumas e outras situações diversas.
É de suma
importância ressaltar que a eficiência em prestar socorro à vítima de AVC é de
grande importância, pois segundo estudiosos da área, a chegada ao médico até
três horas após o início dos sintomas possibilita maior chance de cura, em
especial nos casos de derrame isquêmico.
Por meio de medicamentos é possível dissolver o coágulo que obstruiu o vaso sangüíneo e permitir que o sangue volte a circular normalmente. Quando tardio o atendimento, a possibilidade de cura sem seqüelas vai depender da localização e do tamanho da área do cérebro que foi atingida.
Por meio de medicamentos é possível dissolver o coágulo que obstruiu o vaso sangüíneo e permitir que o sangue volte a circular normalmente. Quando tardio o atendimento, a possibilidade de cura sem seqüelas vai depender da localização e do tamanho da área do cérebro que foi atingida.
Considerando o
alto comprometimento das funções neuromuscular, motora, sensorial, perceptiva e
cognitivo-comportamental, o fonoaudiólogo irá propiciar a reabilitação das
funções comprometidas parcialmente ou totalmente, dependendo do grau de
comprometimento da área afetada.
Quando a lesão
é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem principalmente afasias,
apraxias ideomotoras e ideacionais, alexia para números, descriminação
direita/esquerda e lentidão em organização e desempenho.
Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda), ocorre alteração viso espacial, auto negligência unilateral esquerda, alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização, desempenho entre outros.
Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda), ocorre alteração viso espacial, auto negligência unilateral esquerda, alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização, desempenho entre outros.
Vale ressaltar
que o fonoaudiólogo na reabilitação de pacientes portadores de AVC atua de
forma multidisciplinar, garantindo uma melhor qualidade de vida do paciente.
Profissionais como médicos neurologistas, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos atuam intensamente em parceria com fonoaudiólogo, com o objetivo de adequar o mais breve as funções alteradas.
Profissionais como médicos neurologistas, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos atuam intensamente em parceria com fonoaudiólogo, com o objetivo de adequar o mais breve as funções alteradas.
Lembrando
que cada paciente apresenta seu próprio limite de resposta ao tratamento,
limite esse que deve ser respeitado pelo profissional em parceria com a família
https://www.abcdasaude.com.br/sobre
EPIDEMIOLOGIA
O AVC está entre as condições médicas mais
frequentes, apresentando nos EUA uma incidência de 500.000 casos/ano, sendo uma
patologia neurológica ameaçadora, responsável por 20% das mortes
cardiovasculares e ocupando o terceiro lugar entre as causas de morte em países
desenvolvidos, depois de doenças cardíacas e câncer. Além da grande
mortalidade, tal condição acarreta grande morbidade com perda funcional,
surgimento de dependência parcial ou completa e consequentemente, elevados
custos diretos e indiretos. É a principal causa de incapacidade em pessoas
idosas. Estimam-se gastos em torno de 20 bilhões de dólares/ano nos EUA.
www.cesam.ua.pt
Angioplastia e Aplicação de Stent
A angioplastia e a inserção de stent já
começaram a ser vistos como possíveis opções viáveis no tratamento do AVC
isquémico agudo. a taxa de sucesso técnico (a redução de estenose <50%)da
inserção de stent intracraniana na estenose arterial intracraniana sintomática,
variou de 90-98%, e a taxa de complicações periprocessuais importantes variou
de 4- 10%. As taxas de reestenose e/ou AVC após o tratamento também foram
favoráveis. Estes dados sugerem que é necessário efetuar um estudo controlado
aleatório para avaliar melhor a possível vantagem terapêutica desta medida
preventiva.
Trombectomia mecânica
Pode ser tentada a remoção do coágulo
naqueles em que a mesma ocorre dentro dum grande vaso sanguíneo, e pode ser uma
opção para aqueles que ou não são elegíveis para efetuar trombolíticos
intravenosos ou não melhorarem com os mesmos. Ocorrem complicações
consideráveis em cerca de 7% das pessoas.
Neuroproteção
Tem sido demonstrado experimentalmente, que
as drogas que limpam espécies reativas de oxigénio inibem a morte celular
programada, ou inibem os neurotransmissores excitatórios, reduzem a lesão de
tecidos causada pela isquemia. Os agentes que funcionam deste modo são
referidos como sendo neuroprotetores. Até recentemente, os ensaios clínicos
humanos com agentes neuroprotetores falharam, com a exceção provável do coma
profundo barbitúrico. No entanto, mais recentemente o NXY-059, o derivado de
dissulfonilo do limpador de radicais fenilbutilnitrona, foi referido como sendo
neuroprotetor nos AVC. Este agente parece funcionar ao nível do revestimento
dos vasos sanguíneos ou do endotélio. Infelizmente, depois de produzir
resultados favoráveis num ensaio clínico em grande escala, não se conseguiu
demonstrar resultados favoráveis num segundo ensaio. Portanto os benefícios de
NXY-059 são questionáveis.
A oxigenoterapia hiperbárica tem sido
estudada como uma possível medida de proteção, mas atualmente não se pensa ser
benéfica.
Fisiopatologia do Acidente Vascular Cerebral
O tecido nervoso depende totalmente do aporte sanguíneo para que as células nervosas se mantenham activas, uma vez que não possui reservas.
A interrupção da irrigação sanguínea e
consequente falta de glicose e oxigénio necessários ao metabolismo, provocam
uma diminuição ou paragem da actividade funcional na área do cérebro afectada
(Rocha, 2003).
Se a interrupção do aporte sanguíneo demorar
menos de 3 minutos, a alteração é reversível, no entanto, se ultrapassar os 3
minutos, a alteração funcional pode ser irreversível, provocando necrose do
tecido nervoso.
O AVC pode ser causado por 2 mecanismos
distintos, por uma oclusão ou por uma hemorragia (Cohen, 2001).
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.
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AVC isquémico
Um AVC isquémico ocorre quando um vaso
sanguíneo é bloqueado, frequentemente pela formação de uma placa
aterosclerótica ou pela presença de um coágulo que chega através da circulação
de uma outra parte do corpo (Cohen, 2001).
O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo
que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro,
interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada,
produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos
acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos
A arteriosclerose produz a formação de placas
e progressiva estenose do vaso. As suas sequelas são então a estenose,
ulceração das lesões arterioscleróticas e trombose (Sullivan, 1993).
A trombose cerebral refere-se à formação ou
desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias
cerebrais, ou de seus ramos. Os trombos podem ser deslocados, “viajando” para
outro local, sob a forma de um êmbolo (Sullivan, 1993).
Os êmbolos cerebrais são pequenas porções de
matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias, ou outros corpos
estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até as
artérias cerebrais, produzindo a oclusão e enfarte (Sullivan, 1993).
O AVC pode ainda ocorrer por um ataque isquémico
transitório. Este, refere-se à temporária interrupção do suprimento sanguíneo
ao cérebro (Sullivan, 1993).
O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico
transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade;
quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um
deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).
AVC hemorrágico
Um AVC hemorrágico (acontece em 10% dos
AVC’s) ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, ou quando a pressão no
vaso faz com que ele se rompa devido à hipertensão. A hemorragia pode ser
intracerebral ou subaracnoideia. Em ambos os casos, a falta de suprimento
sanguíneo causa enfarto na área suprida pelo vaso e as células morrem (Cohen,
2001).
No
acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com
outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema
(inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno
de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos
https://www.abcdasaude.com.br/neurologia/acidente-vascular-cerebral
Tipos e Subtipos de Acidente Vascular Cerebral
A determinação do tipo de AVC depende do mecanismo que o originou. Sendo assim, existem dois tipos de AVC como acima referimos, que se apresentam como o AVC isquémico e o AVC hemorrágico, que por sua vez apresentam alguns subtipos.
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Tipos de AVC
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Subtipos de AVC
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Isquémico
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Lacunar
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Trombótico
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Embólico
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Hemorrágico
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Cerebral (Intracerebral)
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Meníngeo (Subaracnóide)
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Acidente Vascular Cerebral lacunar
O AVC lacunar é provocado em 20% dos AVC’s e
é ocasionado por enfartes muito pequenos com menos de 1cm cúbico de tamanho,
que ocorrem somente onde arteríolas perfurantes se ramificam directamente de
grandes vasos. É comum o défice motor puro ou sensitivo puro.
Os utentes irão apresentar determinados
sinais clínicos, de acordo com a artéria cerebral envolvida.
As artérias que podem ser afectadas são:
artéria cerebral anterior, artéria cerebral média, artéria cerebral posterior,
artéria carótida interna, artéria basilar, artéria vertebrobasilar.
Acidente Vascular Cerebral trombótico
O AVC trombótico é o mais comum (40% dos
AVC’s) e é causado pela aterosclerose – trombose cerebral. Há o desenvolvimento
de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais ou dos
seus ramos, o que vai originar enfarto ou isquemia.
Acidente Vascular Cerebral embólico
O AVC embólico ocorre em 30% dos casos AVC’s
e é criado por êmbolos cerebrais. São pequenas porções de matéria como trombos,
tecido, gordura, ar, bactérias ou outros corpos estranhos, que são libertados
na corrente sanguínea e que se deslocam até às artérias cerebrais, produzindo
oclusão ou enfarto (doenças cardiovasculares).
Como se
desenvolve ou se adquire?
Vários
fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente
vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca,
fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que
podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras
doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do
sangue) do indivíduo.
A
hipertensão arterial (HTA) é o principal fator de risco para a trombose (e
enfarte) cerebral – AVC – e contribui também fortemente para a ocorrência de
hemorragia intracerebral. A relação da pressão arterial com o risco de AVC é
forte, contínua, progressiva e iterada (quanto maior é o valor da pressão
arterial, maior é o risco), consistente, independente (não é modificada pela
presença de outros fatores ou de outras doenças), preditora e etiologicamente
significativa (está relacionada com todas as formas conhecidas de doença
vascular cerebral). Além disso, a HTA contribui também para o aparecimento e
desenvolvimento de doenças cardíacas e alterações do ritmo cardíaco, que,
indiretamente, favorecem a eventualidade de um AVC. Anotamos que a elevação da
pressão arterial sistólica (“máxima”), com ou sem o aumento da pressão “mínima”
(diastólica), é um importante fator contributivo para a doença vascular
cerebral. Por tudo isto, é central recomendar a todos – de uma forma geral e
abrangente – um conjunto de medidas de modificação dos estilos de vida, não
farmacológicas, que favorece a redução da pressão arterial e contraria o seu
eventual aumento gradual com a idade. A par destas medidas, é fundamental
vigiar regularmente a pressão arterial e tratar a HTA, tomando regularmente os
medicamentos anti-hipertensores. Muitas vezes é necessário fazer mais do que um
medicamento anti-hipertensor ou optar por associações fixas de medicamentos. É
muito importante manter e cumprir o tratamento indicado pelo um médico.
Conseguir uma redução da pressão arterial inicial não significa “cura da
doença” (e paragem dos medicamentos), mas simplesmente “controlo da HTA” e
necessidade de manter a medicação. O tratamento da HTA é, certamente, a
estratégia mais efetiva na prevenção do AVC trombótico e hemorrágico e está
relacionado com uma redução do risco em mais de 30% (a redução do risco é
proporcional à diminuição dos valores tensionais). De uma forma geral, é
necessário manter um controlo efetivo da pressão arterial: a pressão sistólica
deve ser inferior a 140 mm Hg e a pressão diastólica inferior a 90 mm Hg
(também pelo que foi dito, depreende-se que, mesmo nos mais idosos, é
fundamental o controlo da pressão arterial sistólica, mesmo quando a pressão
diastólica é “normal”).
Alguns
dos fatores de risco não são modificáveis. Um deles, inevitável, é a idade; o
AVC é, frequentemente, contemplado como uma doença da velhice (o que nem sempre
é verdade! Aparentemente, a incidência nas idades mais jovens parece ter vindo
a aumentar). Os efeitos cumulativos do envelhecimento no nosso sistema
cardiovascular (coração e vasos sanguíneos) e a natureza progressiva (e efeito
associado) dos fatores de risco para o AVC (hipertensão arterial, diabetes,
hiperlipidemia ou tabagismo, por exemplo) justificam que o risco de ocorrência
de AVC aumente com a idade. O risco de AVC isquémico (por trombose cerebral)
duplica por cada década de vida que passa depois dos 55 anos.
Outro
fator de risco não modificável é o género. O AVC é, geralmente, mais prevalente
no homem do que na mulher.
O
maior número de mortes por doença vascular cerebral nas mulheres resulta dos
óbitos depois dos 75 anos (neste grupo etário houve, em 2006, mais de 6 900
óbitos nas mulheres e 4 300 nos homens); no global, 1 em cada 6 mulheres acabam
por falecer de doença vascular cerebral (em comparação, 1 em cada 25 mulheres
morrem por cancro da mama). No entanto, alguns comportamentos podem favorecer a
ocorrência de um AVC em mulheres mais jovens; o uso de anticoncecionais orais
(a ”pílula”), o tabagismo e a própria gravidez aumentam o risco de AVC nas
mulheres mais jovens.
A
etnia também tem uma palavra. Os dados acerca deste elemento são menos claros
no mundo. No entanto, é aceite com base em dados internacionais que a raça
negra (assim como, em alguns casos, os descendentes dos hispânicos e
latino-americanos) tem uma maior incidência de todos os tipos de AVC (e uma
maior taxa de mortalidade associada). Haverá várias razões que podem ser
enunciadas explicativas desta realidade, mas o ambiente socioeconómico e a maior
presença de hipertensão arterial (HTA) e outras comorbilidades são fatores que
não podem ser esquecidos. Da mesma forma, haverá fatores genéticos vários que
explicam um maior risco de doença vascular cerebral. Há mesmo algumas doenças
genéticas – muito raras (por exemplo, entre as mais frequentes, a presença de
aneurismas cerebrais) – que estão associadas a um reconhecido aumento do AVC. A
melhor forma de os aquilatar é conhecer (e reconhecer) a importância da
história familiar. Para saber o que somos e o que podemos ser, há, muitas
vezes, que saber o que são e o que foram os nossos pais, os nossos avós (e, de
um modo geral, os nossos familiares mais diretos). A história familiar de AVC
(ou de acidente isquémico transitório , uma espécie de um “mini-AVC”) aumenta o
risco em cerca de 30%. As mulheres com um AVC têm mais comummente – em
comparação com os homens história familiar de doença vascular cerebral.
Manifestações
clínicas do Acidente Vascular Cerebral
A sintomatologia depende da localização do processo isquémico, do tamanho da área isquémica, da natureza e funções da área atingida e da disponibilidade de um fluxo colateral.
As principais sequelas provenientes de um AVC
são os défices neurológicos que se vão reflectir em todo o corpo, uni ou
bilateralmente, como consequência da localização e da dimensão da lesão
cerebral, podendo apresentar como sinais e sintomas perda do controlo
voluntário em relação aos movimentos motores, sendo a disfunção motora mais
comum, a hemiplegia (devido a uma lesão do lado oposto do cérebro); a
hemiparésia ou fraqueza de um lado do corpo é outro sinal (Resck, et. al.,
2004; Petrilli, Durufle, Nicolas, Pinel, Kerdoncuff, Gallien, 2002). Existindo
assim um comprometimento ao nível das funções neuromuscular, motora, sensorial,
perceptiva e cognitiva/comportamental (Resck, et.al., 2004).
Função Sensorial
A sensibilidade frequentemente sofre
prejuízos, mas raramente está ausente do lado hemiplégico. São comuns as perdas
proprioceptivas, exercendo significativo impacto sobre as habilidades motoras.
Também são comuns a perca do tacto superficial, dor e temperatura, contribuindo
para uma disfunção perceptiva geral e para o risco de autolesões.
Os pacientes hemiplégicos podem ainda sofrer
de hemianopsia homónima – defeitos no campo visual. O paciente sofre de
cegueira da metade nasal de um dos olhos e da metade temporal do outro,
dependendo do local da lesão. As alterações sensoriais mais frequentes, aquando
da ocorrência de um AVC, são os défices sensoriais superficiais (tácteis,
térmicos e doloros), proprioceptivos (postural e vibratória) e visuais
(diminuição da acuidade visual, diplopia).
Função e Comportamento Mental
Alguns dos pacientes que sofrem um AVC são
dados como confusos ou não cooperantes, sem espírito de iniciativa, ou
mentalmente inadequados. Podem também ficar com a compreensão prejudicada,
sofrer de perda de memória recente, perda da percepção corporal, negação de lhe
pertencerem os membros afectados.
Os utentes com lesão no hemisfério direito e
esquerdo têm comportamentos muito distintos. Os utentes com lesão no hemisfério
direito, tendem a ter um comportamento mais lento, são mais cuidadosos,
incertos e inseguros. Ao desempenharem tarefas apresentam-se ansiosos e
hesitantes, necessitando frequentemente de apoio e “feedback”.
Função Perceptiva
O tipo e a extensão dos défices perceptivos
vão depender do local da lesão. Um AVC pode provocar distúrbios na posição no
espaço, na percepção da profundidade, na orientação topográfica, apraxia
(incapacidade para programar uma sequência de movimentos), agnosia
(incapacidade de reconhecer objectos familiares de uso pessoal, e de lhe dar
uma função), falhas na discriminação esquerda/direita, e dentro dela
encontramos também distúrbios visuais como;
|
A perda da
visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente
os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de
"sombra' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar
cegueira transitória (amaurose fugaz).
|
Função da Linguagem/Comunicação
É
comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns
pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração
(consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam
uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo
pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares
e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou
estresse. Este tipo de problema
resulta geralmente quando o AVC teve a sua origem numa obstrução da artéria
cerebral média localizada no hemisfério esquerdo.
Função motora
Os pacientes sofrem desequilíbrio postural,
espasticidade, padrão flexor do membro superior e padrão extensor do membro
inferior, o início súbito
de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum
dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um
hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer
de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que
na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a
fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da
localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida
Alterações do Tónus
Logo após um AVC, o hemicorpo afectado
apresenta hipotonia, isto é, o tónus é muito baixo para iniciar qualquer
movimento, não apresenta resistência ao movimento passivo e o utente não
consegue manter o membro em nenhuma posição, principalmente durante as
primeiras semanas. Ocasionalmente a flacidez dura apenas algumas horas ou dias,
mas raramente persiste indefinidamente. Estas alterações levam ao
desaparecimento da consciencialização e dos padrões de movimento do hemicorpo
afectado, bem como a padrões inadequados do lado não afectado. Desta forma, o
utente não consegue sentar-se sem apoio, manter-se de pé, etc.
É frequente nestes casos, com o passar do
tempo, a substituição de um quadro de hipotonia, por um quadro hipertonia em
que há um aumento da resistência ao movimento passivo (característico dos
padrões espásticos). A espasticidade tende a aumentar gradualmente nos
primeiros 18 meses com os esforços e actividades desenvolvidas pelo indivíduo
(fase espástica), podendo provocar posturas anormais e movimentos estereotipados.
Geralmente estes utentes apresentam hipertonia nos músculos anti-gravíticos do
hemicorpo afectado (flexores no membro superior e extensores no membro
superior).
Perda do mecanismo de controlo postural
A base para a realização dos movimentos
voluntários normais especializados é o mecanismo de controlo postural. Desta
forma, se as reacções posturais automáticas de um indivíduo que tenha sofrido
um AVC não estiverem a funcionar no hemicorpo afectado, o indivíduo não
conseguirá usar vários padrões normais de postura e de movimento, que lhe
permitem fazer transferências, rolar, sentar-se, manter-se de pé, andar,
realizar actividades da vida diária e outras actividades funcionais.
As patologias e as sequelas neurológicas
interferem com a capacidade do indivíduo em executar as funções e a satisfazer
as suas obrigações. Assim, o indivíduo com sequela neurológica não é capaz de
desempenhar o seu papel social ou de manter o seu relacionamento habitual com
os outros (Resck, et. al., 2004). Alguns autores defendem que os objectivos da
reabilitação em pacientes com AVC são, prevenir complicações; recuperar ao
máximo as funções cerebrais comprometidas pelo AVC (temporárias ou
permanentes); e reintegrar o paciente na família, no trabalho e na sociedade
melhorando a sua qualidade de vida (Resck, et. al., 2004; Yelnik, Lariboisière,
Widal, 2005).
A promoção do máximo de independência
funcional nas áreas de desempenho do utente deve ter em conta as suas
capacidades, motivações e necessidades (Jette, Warren, Wirtalla, 2005).
www.afasia.com.br
Principais Sintomas de
AVC
É
importante entender que o AVC se manifesta como uma perda neurológica súbita,
ou seja, mudanças em seus movimentos, fala, visão ou qualquer outra coisa que
funcionava de uma determinada maneira e parou de repente ou então você começou
a fazer de outra maneira. É extremamente importante saber reconhecer o AVC por:.
v -Diminuição
ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
v -Sensação
de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo
v -
Perda súbita de visão em um olho ou nos dois olhos;
v - Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade
para articular, expressar ou para compreender a linguagem;
v - Dor de cabeça súbita e intensa sem causa
aparente;
v - Instabilidade, vertigem súbita intensa e
desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
Saber
reconhecer o mais rápido possível, pois o tratamento precoce fará toda a
diferença no futuro desse paciente e não esperar o pior passar, e outra mania
muito perigosa principalmente quando o assunto é derrame cerebral é esperar a
dor passar para, então procurar um médico. No geral, pensamos que é melhor
deixar a pessoa se estabilizar, para evitar qualquer sofrimento em uma viagem
ao hospital ou socorro. Entretanto, na suspeita de um AVC, o ideal é encaminhar
essa pessoa para o hospital o mais rápido possível. É preciso entender que uma
característica fundamental do AVC é a sua instalação súbita, e cada minuto
perdido poderá fazer diferença lá na frente, na hora da recuperação, sabendo
que quanto maior é o dano cerebral, maiores são as sequelas.
E
pode haver convulsões nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente
vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos
acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma
hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de
desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo
outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem
desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.
Os danos de um AVC são consideravelmente
maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado.
Inclusive, no caso de AVC isquêmico, o médico pode dar ao paciente um
medicamento antitrombótico chamado alteplase, que deve ser aplicado em até
quatro horas e meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30%
o risco de sequelas do AVC isquêmico e em 18% a mortalidade. Não dê AAS Muito
se fala também sobre ministrar uma pílula de AAS (ácido acetilsalicílico)
quando uma pessoa está sofrendo um AVC, já que ela afinaria o sangue e
impediria um novo êmbolo. Apesar de ser um raciocínio correto, ele só traria
algum benefício para pessoas que sofreram um
AVC isquêmico
- e ainda sim não é nada muito expressivo. Nos casos de AVC hemorrágico, o ácido acetilsalicílico
pode piorar ainda mais o sangramento, agravando o quadro. E como não é possível
saber qual tipo de derrame cerebral a pessoa está tendo sem avaliação médica, o
conselho é não dar qualquer medicamento e encaminhá-la para o hospital. Não dê
remédio para pressão Aqui a lógica é a mesma do ácido acetilsalicílico: nenhum
medicamento deve ser ministrado sem avaliação médica, ainda que o paciente seja
hipertenso. Novamente, é impossível saber que tipo de AVC a pessoa está
sofrendo e se o medicamento irá beneficiar ou não aquele quadro. Nos casos em
que o paciente tem hipertensão, a atenção com o rápido atendimento deve ser
redobrada, e o controle do nível de pressão vai depender do tipo de AVC, do
tratamento proposto e da história prévia da pessoa. Se a pessoa tiver diabetes,
verifique a glicemia em pacientes com diabetes, a glicose muito alta ou muito
baixa pode imitar os sintomas de AVC. Portanto, a verificação da glicemia ajuda
a distinguir um problema de outro.
Dessa
forma, é importante fazer medicação e, caso não seja o caso de uma alteração na
glicemia, correr para receber o atendimento adequado. Chamar a emergência ou
correr para o hospital Se você estiver perto de um hospital ou pronto socorro
de confiança e tem condições de ir ou levar o paciente para lá com rapidez, não
há porque esperar a ambulância.
Entretanto, se você está longe de um pronto
atendimento, não tem carro, a viagem até lá seria muito difícil ou você não
está em condições de ir sozinho, não hesite em chamar a emergência, pois o
tratamento pode iniciar já na ambulância Além disso, os neurologistas lembram que o
ideal é dar preferência a hospitais que sabidamente tem um serviço dedicado ao
tratamento agudo do AVC, que são aqueles capazes de realizar procedimentos
neurológicos, como exames e cirurgias. É necessário procedimento cirúrgico? Nesse
contexto existem dois tipos de cirurgia que podem ser indicadas para o
tratamento do AVC. Se o paciente tiver obstrução significativa das artérias
carótidas no pescoço (caso de AVC isquêmico), pode precisar de uma
endarterectomia de carótida. Durante esta operação, o cirurgião remove a
formação de placas nas artérias carótidas para reduzir o risco de ataque
isquêmico transitório (TIA) ou AVC. Os benefícios e os riscos desta cirurgia
devem ser cuidadosamente avaliados, pois a cirurgia em si pode causar um AVC.
Já para o AVC hemorrágico, o tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de
dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão
dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o
sangramento.
O
tratamento cirúrgico para o caso de AVC hemorrágico pode não ser realizado logo
na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo
sangramento poucas horas depois do primeiro. Como em N casos ném todo o
paciente precisará desses procedimentos cirúrgicos para se recuperar de um
derrame cerebral. A indicação cirúrgica também depende da gravidade do quadro e
da condição clinica do paciente, sendo avaliado caso a caso.
Será
que toda recuperação é igual? Não, o andamento do paciente após um AVC pode
variar muito. Tudo depende de fatores como extensão do AVC, local do cérebro
onde ele aconteceu, demora no tratamento, idade, tipo de derrame, doenças
relacionadas... Não há regra, cada caso evolui de um jeito, Todavia, quanto
mais precoce e mais especializado o atendimento em geral os resultados são
muitas das vezes beneficos.
Os
homens e mulheres fisicamente ativos têm, geralmente, uma redução em 25-30% no
risco de AVC e morte. A atividade física favorece o controlo da pressão
arterial e de outros fatores de risco para a doença cardiovascular (incluindo a
diabetes e o excesso de peso), o aumento do colesterol “bom” (HDL-colesterol) e
a diminuição da inflamação e contribui, assim, direta e indiretamente, para a
redução do risco de doença vascular cerebral.
Saber
se tem algum problema do coração ou alguma alteração do ritmo cardíaco. O
coração é um órgão muscular com quatro cavidades individualizadas, que
trabalham de maneira eficiente e contínua durante a vida.
As
paredes musculares de cada cavidade contraem-se numa sequência precisa, de modo
a tornar eficaz o trabalho do músculo cardíaco. Quando esta sequência é
perturbada dizemos que há uma arritmia cardíaca.
A
fibrilação auricular (FA) é a arritmia mais frequente, causa marcada de
morbilidade e está relacionada com o maior risco de AVC. A FA está associada a
um aumento de 4 a 5 vezes do risco de AVC e é responsável por cerca de 15% a
20% dos eventos agudos vasculares cerebrais.
Ocorre
mais nas idades mais avançadas (a partir dos 50 anos, a incidência de FA
duplica em cada década de vida), a FA afeta cerca de 2,5% da população
portuguesa, com valores mais importantes depois dos 70 anos (cerca de 6-10%). O
risco anual de AVC isquémico (tromboembólico, porque o AVC resulta da estase do
sangue na aurícula esquerda, que não contrai de forma eficiente) é de 3% a 5% e
é influenciado pela presença de outros problemas concomitantes: a idade
superior a 75 anos, a história de HTA (ou de uma pressão sistólica ou igual
a160 mm Hg) e a presença de diabetes ou de doença cardíaca (insuficiência
cardíaca ). A FA é também um importante preditor independente de mortalidade e
de perda de qualidade de vida, além de aumentar também o risco de declínio
cognitivo e demência .
Nos
doentes com FA, o risco de AVC pode ser muito efetivamente diminuído (mais de
60%) com o recurso à anticoagulação oral, os anticoagulantes “clássicos” ou com
os novos anticoagulantes e é uma estratégia efectiva de reduzir a carga de
doença vascular cerebral, de melhorar as suas consequências potenciais e de
diminuir a mortalidade associada. Por isso, é fundamental diagnosticar a FA,
reconhecer o seu significado e saber, quando iniciar a anticoagulação logo que
seja diagnosticada, pela primeira vez, e a FA que é fundamental estar bem anticoagulado(com
níveis adequados terapêuticos).
Há
outras condições, situações e doenças, que – talvez menos importantes! – estão,
desta ou de outra forma, relacionadas com o AVC. Tivemos que escolher e, todos
entenderão, optámos pelas mais prevalentes, mais importantes, com maior peso na
Saúde Pública e mais suscetíveis de serem prevenidas. No entanto, reservo ainda
uma palavra para lembrar que o ressonar durante a noite, o acordar com a
sensação de que o sono não foi reparador e que não descansou o suficiente (com
um cansaço persistente, no período diurno), o adormecer facilmente durante o
dia (enquanto aguarda numa sala de espera, enquanto lê um livro ou quando está
em frente do televisor) pode não ser normal. Em alguns casos está relacionado
com perturbações do sono: a síndrome de apneia-hipopneia do sono.
A
apneia do sono condiciona ou agrava a HTA, é, muitas vezes, causa de
dificuldade no seu tratamento, causa doenças cardíacas e FA, altera a
circulação sanguínea cerebral, acelera a aterosclerose arterial e aumenta a
inflamação e a tendência para a trombose. Por tudo isto, a apneia do sono está associada
também a um risco maior de AVC. É importante ser avaliada e diagnosticada
especialmente nos doentes obesos, com HTA difícil de tratar e com outras
doenças cardíacas.
O
seu tratamento individualizado e adequado à situação clínica ajuda a melhorar o
sono e a qualidade de vida, a reduzir o risco de doença e mortalidade e,
consequentemente, de minorar as suas complicações vasculares cerebrais.
Como o médico
faz o diagnóstico?
A história e o
exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral
como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas
neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo
sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises
sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou
ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais,
ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.
Como se trata
e como se previne?
Geralmente
existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento
preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de
reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
O tratamento
preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação
e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento
preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo
e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a
diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
Inicialmente
deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento
agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias
antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente
vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do
coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto
mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados,
pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro
da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma
emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.
A reabilitação
pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades
resultantes dos danos causados pela lesão.
O uso de
terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso,
deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados
(pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de
fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do
paciente.
As medidas
iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter
leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da
pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a
retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.
Qual é o
prognóstico?
Mesmo sendo
uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo
todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia)
ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral
pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento
e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com
o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las
de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.
A repetição do
acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25% dos pacientes que se
recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5anos.
https://www.abcdasaude.com.br/neurologia/acidente-vascular-cerebral
https://www.abcdasaude.com.br/neurologia/acidente-vascular-cerebral
Tratamento e Cuidados de
AVC
Como
toda a doênça tem o seu tratamento esta também não foge muito dos seus
preceitos, e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das
particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem
auxiliar na restauração das funções afectadas. Para que o paciente possa ter
uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado
e tratado por uma equipa multidisciplinar de profissionais da saúde como;
fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o
tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as
principais causas de morte mundial, o AVC é uma das patologias que mais
incapacitam para a realização das atividades cotidianas. Conforme a região
cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, e aínda Ele
pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam
sequelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um
estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da
cama. A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações
comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se
alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular, depressão e outras
implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos
fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo
decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para
que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a
vítima seja levada imediatamente ao hospital. Os danos são consideravelmente
maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado.
Medicamentos para AVC Os medicamentos usados no tratamento do AVC são
geralmente indicados para evitar futuras complicações, a exemplo de doenças
cardiovasculares. Para casos como esses, a «sinvastatina» costuma ser o remédio
mais prescritos por especialistas. Outros medicamentos usados para prevenir
complicações e tratar efeitos do AVC são:
ü Aradois
ü Aspirina
ü Prevent
ü Atorvastatina
Cálcica
ü Cebralat
ü Cilostazol
ü Clopidogrel
ü Marevan
Esses
medicamentos também podem ser recomendados por médicos para prevenir a
ocorrência de acidentes vasculares cerebrais. No entanto, sempre tenha em mente
que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o
paciente com essa patologia, bem como a dosagem correta e a duração do
tratamento. Seguindo sempre à risca dos protocolos estabelecidos pelo médico.
Sabendo que o
AVC representa uma urgência médica. É
importante reconhecer os primeiros sintomas para dar uma resposta rápida ao
paciente, evitando complicações graves, sequelas permanentes.
Uma vez que o paciente é hospitalizado, o
tratamento é apoiado por médicos e enfermeiros. O médico irá configurar
diferentes tratamentos para prevenir complicações (recanalização arterial,
trombólise, antitrombóticos), depois ele irá prescrever seções de fisioterapia
para reabilitação física e reabilitação verbal, quando a função da locução for
afectada. E alguns desses
factores não podem ser modificados no diagnostico, como a idade, a raça, a
constituição genética e o sexo. Outros factores, entretanto, podem ser diagnosticados
e tratados, tais como
Ø A hipertensão
arterial (pressão alta),
Ø A diabetes
mellitus,
Ø As doenças
cardíacas,
Ø A enxaqueca
,
Ø O uso de
anticoncepcionais hormonais,
Ø A ingestão
de bebidas alcoólicas,
Ø O fumo
(fumador passivo)
Ø O
sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade .
A
adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC
htt://criasaude.com/hs.br
Podemos dividir, do ponto de
vista didático, o tratamento em diferentes fases. Neste momento discutiremos as
fases aguda e crônica envolvendo aspectos suportivos e o tratamento específico,
além de alguns aspectos da profilaxia.
FASE AGUDA
Na fase aguda, a primeira
parte do tratamento diz respeito ao manuseio de uma emergência médica,
potencialmente grave ou já desde a sua instalação, com instabilidade. Deve-se
obter com informante ou o próprio paciente, informações sobre o início preciso
do quadro, os sinais e sintomas envolvidos e a evolução dos mesmos desde a sua instalação.
No caso de paciente já gravemente enfermo, os cuidados com via aérea,
respiração, parâmetros hemodinâmicos são os iniciais, ao mesmo tempo em que se
avalia o quadro neurológico. Existem várias escalas para avaliação do AVC na
sua fase aguda, no entanto pela facilidade de sua aplicação e pelo seu amplo
conhecimento entre os profissionais de saúde, a Escala de Coma de Glasgow
(ECG), embora destinada aos pacientes vítimas de trauma, é frequentemente utilizada.
A ingestão de alimentos dieta principalmente via oral, deve ser interrompida na fase aguda e reestabelecida
posteriormente, a depender do nível de consciência e da presença ou não de
disfagia. Sonda nasoentérica, gastrostomia, jejunostomia via endoscópica ou
convencional, ou ainda dieta parenteral são condições avaliadas caso a
caso. Não há necessidade de aporte extra
de glicose na fase aguda, devendo ser evitada a hipoglicemia e hiperglicemias.
A temperatura deve ser monitorizada, evitando a
febre ou hipertermia, uma vez que estas condições aumentam o metabolismo,
potencializando uma maior lesão neuronal.
Uma vez estabelecida via
aérea adequada e caso o padrão respiratório seja satisfatório, não há
necessidade de fornecimento suplementar de oxigênio. Dependendo do nível de
consciência (usualmente ECG<8) e do padrão respiratório, deve-se instituir
entubação e ventilação mecânica.
A maioria dos pacientes vai
apresentar certo grau de instabilidade hemodinâmica, com hipertensão arterial reativa.
Nos casos do AVC hemorrágico, controle agressivo da pressão aretrial é
justificado, uma vez que estes podem se estender, principalmente nas primeiras
6 horas. No caso de AVC isquêmico deve-se evitar ao máximo a redução da pressão
arterial, uma vez que, tal redução pode comprometer a viabilidade do tecido
cerebral potencialmente reversível (áreas de penumbra). Os estudos mais
recentes sugerem o não controle pressórico na fase hiperaguda do AVC isquêmico,
exceto na presença de emergência hipertensiva ou no uso de trombolítico.. Hipotensão
arterial deve ser sempre prontamente corrigida com uso de volume ou até drogas
vasoativas.
Não há indicação de uso
rotineiro de anticonvulsivantes, exceto na hemorragia subaracnóidea. No caso do
surgimento de crise convulsiva é mandatório o início de droga
anticonvulsivante, usualmente a fenitóina, pela sua disponibilidade parenteral
(venosa) e oral e pelo fato de não induzir sedação que possa comprometer a
avaliação neurológica na fase inicial.
Não há até momento, comprovação
de eficácia de drogas ditas neuroprotetoras,
sendo este ainda, um tratamento de caráter experimental. Recentemente, no entanto, o uso de Ancrod
pareceu melhorar o prognóstico do AVC.
Tratamento fisioterápico motor
e respiratório, profilaxia de escaras
de decúbito, profilaxia de processos tronboembólicos, principalmente trombose venosa profunda devem
ser iniciados precocemente, já na fase aguda.
Considerando-se o tratamento
específico, recentes avanços podem definir as opções, baseado principalmente no
tipo do AVC, tempo de evolução, idade e condições clínicas do paciente.
Na tentativa de minimizar o
dano neuronal decorrente da interrupção súbita do fluxo arterial pela oclusão
vascular, surgiram nos últimos anos, vários estudos com administração de
trombolíticos. Tais estudos se propunham a tratar pacientes com AVC isquêmico
que apresentavam déficit motor significativo. O entusiasmo inicial foi reduzido
por trabalhos envolvendo estreptoquinase, onde se obteve elevação significativa
das complicações hemorrágicas e da mortalidade. Em 1996, o FDA aprovou o
uso de rtPA venoso na fase aguda do AVC com evolução inferior há 3
horas. A aprovação se baseou nos resultados que demonstraram melhor prognóstico
evolutivo após 3 meses. Houve aumento da chance de transformação hemorrágica,
mas sem comprometimento da mortalidade.
Para os casos com duração de
3 a 6 horas, estudos com a administração intra-arterial de
trombolícos evidenciaram benefício, com maior taxa de recanalização, embora
careçam de aprovação pelo FDA.
Cada caso deve ainda ser
avaliado individualmente, uma vez que inúmeros fatores devem ser considerados
antes de se decidir pela terapêutica mais apropriada. Idade avançada, cirurgia
recente, passado de AVC níveis pressóricos muito elevados na fase hiperaguda e
outros, constituem contra-indicações à terapêutica com trombolítiocs. Em virtude das inúmeras contra-indicações e
da pequena janela terapêutica, apenas cerca de 10% dos pacientes vítimas de AVC
isquêmico são passíveis da terapêutica específica.
Nos casos em que não se indicar o uso de trombolítico,
ou seja, na maioria dos casos, o tratamento englobará o uso de antiagregante
(AAS) e heparina profilática subcutânea.
Para os casos de
cardioembolismo a anticogulação tem efeito apenos como profilaxia secundária,
devendo, sobretudo nos casos de AVC extenso, preferencialmente adiada na fase
inicial (aproximadamente 72 horas) pelo risco de transformação hemorrágica.
Pelos estudos mais recentes, que evidenciaram risco de recorrência na fase
aguda muito inferior ao anteriormente relatado, não há indicação de
anticoagulação na fase aguda de AVC. O uso de heparina é sugerido nos casos de
trombose venosa cerebral e possivelmente em patologias obstrutivas de grandes
artérias, embora não hajam ainda estudos definitivos. O uso de heparina em
outras condições especiais como o AIT repetição, AVC no território
vertebro-basilar, entre outros, também não está estabelecido, não devendo ser,
no momento, livremente encorajado.
Em relação ao AVC
hemorrágico, a abordagem terapêutica mais comumente empregada é o tratamento
cirúrgico de hematomas intracranianas e a clipagem ou embolização de aneurismas
cerebrais.
FASE CRÔNICA
O tratamento da fase crônica
necessita muitas vezes de uma equipe multidisciplinar, envolvendo médico,
fisioterapeuta, fisiatra, fonoaudiólogo, nutrocionista, nutrólogo, psicólogo,
terapêuta ocupacional e outros. Alguns pontos importantes serão salientados a
seguir.
O tratamento profilático
deve ser definido após definição etiológica. Os fatores de risco e patologias
existentes devem ser sempre considerados e corrigidos dentro do possível. Nos
caso de AVC aterotrombótico está indicado o uso de antiagregante, usualmente
AAS, embora a dose ideal não seja definida na literatura. As outras opções como
a ticlopidina e recentemente o clopidogrel embora eficazes e até
estatisticamente superiores, devem ser vistas com cautela, em virtude do maior
custo e efeitos colaterais.
Deve-se salientar ainda que a superioridade
estatística destas drogas são praticamente desprezíveis na redução do risco
relativo a nível individual.
No caso de etiologia
cardioembólica, está indicado o uso de anticoagulante oral com manutenção de
RNI em torno de 2.0 a 3.0.
O tratamento mais adequado
para patologia obstrutiva de carótida é ainda um assunto de constante polêmica,
dependendo de fatores decorrentes da grau e características da estenose, além
da experiência e técnicas do cirurgia e Serviço envolvidos no procedimento.
Resumindo-se, considera-se mais definido pensar em tratamento cirúrgico nos
casos de estenose suboclusiva sintomática superior a 70%. Os demais casos ainda
merecem decisão individual e pormenorizada.
O uso de modalidades neuroradilógicas intervensionistas com angioplastia
com balão de proteção, colocação de stents e by-pass, são assuntos ainda mais
recentes, com resultados promissores, sendo geralmente optados nos pacientes de
maior risco cirúrgico. e complexos, devendo ser considerados em condições
excepcionais. Mesmo quando indicado, a abordagem da patologia obstrutiva de
grandes vasos é usualmente realizada fora da fase aguda.
A espasticidade é um
problema frequente resultado da lesão piramidal, respondendo usualmente ao uso
de baclofen, tizanidina e diazepam. Outras opções terapêuticas são a toxina
botulínica e rizotomia dorsal seletiva.
A disfagia é de difícil abordagem terapêutica
sendo útil o auxílio de um fonoaudiólogo. Melhor terapêutica usualmente é
possível após uma investigação clínica do sintoma, e de propedêutica como o
videodeglutograma. Medidas simples como mudanças dietéticas e do hábito
alimentar podem auxiliar no problema, e em alguns casos, o emprego de sondas,
ostomias e até procedimentos radicais como desconexão esôfago-traqueal nos
casos de ocorrência de pneumonia aspirativa recorrente.
Os déficits de linguagem
envolvem geralmente a disartria e a afasia, para os quais, tratamento
fonoaudiológico é geralmente indicado.
Os distúrbios esfincterianos
geralmente se manifestam por incontinência em pacientes com seqüelas graves.
Avaliação urológica clínica e complementar (urodinâmica) pode ser útil.
Déficits cognitivos
resultando em Demência vascular podem ocorrer pois lesões focais, ou mais
comumente, de repetição. Outras condições como parkinsonismo vascular são mais
raras.
Epilepsia secundária a AVC
ocorre em cerca de 20% dos casos, merecendo abordagem semelhante às outras
causas de epilepsia. Vale a pena salientar a maior sensibilidade da população
idosa às drogas anti-epilépticas, que são então, usualmente utilizadas em doses
inferiores às habituais.
A depressão é outra condição
freqüente, acometendo cerca de 30% dos pacientes, podendo limitar a qualidade
de vida e a aderência aos tratamentos necessários. A abordagem terapêutica não
difere da empregada nos outros casos de depressão, envolvendo a psicoterapia e
o uso de antidepressivos como tricíclicos, inibidores da recaptação de
serotonina e outros.
Thomas Brott,
Julien B. Treatment os Acute Ischemic Stroke. New Engl J med 2000; 343:
710-22
Comini FE et al. “Trombólise intra-arterial - Experiência de 16 casos”
Arq Neuropsiquiat; 2002: vol 60, supl 1.
Arq Neuropsiquiat; 2002: vol 60, supl 1.
Algumas
das possíveis complicações do AVC
As
complicações do AVC dependem não somente do tratamento, mas também do local no
cérebro onde ocorreu. Um AVC pode afetar a capacidade de comunicação com o
resto do corpo. Como o AVC geralmente lesiona apenas certas áreas do cérebro,
as complicações decorrentes tendem a ser pareadas, sendo a parte do corpo ou
função corporal comprometida coincidente com a parte do cérebro afetada que a
controla. Isso significa perda do controle muscular de um lado do corpo, perda
dos músculos que controlam a fala ou outros grupos musculares. Um AVC também
afeta a área do cérebro que controla a habilidade cognitiva específica como a
memória ou a estabilidade do humor.
Em
um acidente vascular cerebral, há uma disfunção neurológica no cérebro e as
complicações podem ser graves. Por isso que é essencial apoiar o paciente
rapidamente, a fim de evitar complicações que ele tenha que pagar pelo resto da
vida, como, por exemplo, a hemiplegia (paralisia de um lado, afetando o membro
superior e inferior, ou seja, o braço e a perna).
Perda
de controle muscular/paralisia
Durante um
AVC, partes do cérebro perdem muito, ou todo, o fluxo sanguíneo, privando estas
áreas de oxigênio e às vezes causando lesões prolongadas e até mesmo
permanentes. Devido ao fato de que áreas específicas do cérebro controlam
certos músculos do corpo, a lesão muscular no AVC é frequentemente agrupada em
grupos específicos de músculos. Por exemplo, é comum que pacientes com AVC
percam o controle muscular ou fiquem paralisados em apenas um lado do corpo,
ficando o outro lado 100% funcional. A face é uma área comumente afetada pelo
AVC; é muito comum que um paciente com AVC fique paralisado em um dos lados da
face.
Problemas
da fala
O AVC
frequentemente afeta as áreas do cérebro responsáveis pelo controle dos músculos
da face, incluindo os músculos utilizados para a fala. Também é possível que o
AVC afete áreas do cérebro que controlam a função da memória, fazendo com que
os pacientes tenham dificuldade para encontrar as palavras certas para o que
estão sentindo, um distúrbio chamado de afasia. Em muitos casos, um
fonoaudiólogo pode ajudar a melhorar este problema.
Dificuldade para deglutir
Se
as áreas do cérebro afetadas pelo AVC controlarem os músculos do pescoço, pode
haver dificuldade para deglutir. Isso também inclui a inalação acidental de
alimentos para as vias aéreas, um distúrbio conhecido como aspiração.
Déficit cognitivo
Como
o AVC afeta o cérebro, é comum que os pacientes apresentem problemas de
memória. Estes podem incluir perda de memória, dificuldade para lembrar eventos
recentes e até mesmo dificuldade para entender conceitos que eram conhecidos
antes do AVC.
Amortecimento
O
amortecimento geralmente ocorre em um dos lados do corpo, oposto ao lado
afetado do cérebro pelo AVC.
Dor
A
dor pode também acompanhar um AVC. Amortecimento e dor podem se alternar na
mesma área, já que o cérebro tem dificuldade de se comunicar com os nervos de
certas áreas.
Perda da independência
Déficits
físicos podem exigir que pacientes com AVC necessitem de assistência para as
tarefas diárias como cozinhar, limpar e outras. Podem também necessitar de
equipamentos de ajuda como bengalas ou cadeira de rodas.
Alterações da personalidade e do humor
Devido
ao fato de que o AVC pode lesar áreas do cérebro que controlam o humor e a
personalidade, os sobreviventes de AVC frequentemente mostram-se um pouco
diferentes, em termos de temperamento, do que antes do AVC. Uma pessoa
normalmente paciente pode parecer ter pouca paciência ou uma pessoa normalmente
atenciosa pode se tornar esquecida ou retraída. É importante manter a paciência
e a calma com pessoas que sofreram um AVC.
Depressão
A
recuperação após um AVC, especialmente os com graves consequências físicas ou
cognitivas, pode ser extremamente difícil. Um paciente com AVC pode não ser
capaz de realizar muitas das atividades que estava acostumado a fazer,
incluindo voltar ao trabalho. Graves traumas como o AVC podem também
comprometer as relações, afetando o paciente e sua família, amigos e entes
queridos. Consequentemente, é muito comum que pacientes com AVC apresentem pior
humor e, em alguns casos, apresentem depressão clínica. A depressão é um grave
distúrbio e deve ser tratado como tal. Saiba mais visitando o Centro de
Aprendizagem sobre a Depressão (Depression Learning Center).
Redução do tempo de vida
Estatísticas
mostram que uma pessoa que tenha sofrido um ou mais AVCs durante a vida tem uma
probabilidade muito maior de falecer do que o resto da população. Os AVCs
afetam geralmente adultos com mais de 65 anos de idade. Pessoas que apresentam
AVC antes dos 65 anos tem uma melhor chance de sobrevida.
http://pt.healthline.com/health/complicacoes-do-avc
Patologias a ter em
conta quando o caso é AVC
Hipertensão Arterial (Pressão Alta) Pressão arterial é a força com
a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume
de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no
corpo
Aterosclerose É o depósito no interior das artérias de substâncias gordurosas junto com colesterol, cálcio, produtos de degradação celular e fibrina (material envolvido na coagulação do sangue e formador de coágulos).
Diabetes Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.
Aneurisma Cerebral Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado. A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes
Epilepsia / Convulsão - Ataque Epiléptico É uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, freqüência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.
Hipertensão - Prevenção e Tratamento É um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos.
Abscesso Cerebral Trata-se de uma infecção encapsulada (confinada a uma área restrita) que acomete o tecido cerebral, podendo ser de formato único ou ser constituído por múltiplos focos, promovendo um efeito de massa que desloca as demais estruturas cerebrais, causando diversos sintomas.
Meningite Meningite (MGT) é uma infecção das membranas (meninges) que recobrem o cérebro por elementos patológicos como: vírus, bactérias, fungos ou protozoários.
Delírio São todas as doenças que levam uma pessoa a ouvir, enxergar e pensar que está vivenciando uma situação inexistente podendo levar o paciente a um quadro de agitação e/ou agressividade.
Dor de Cabeça (Cefaleia) Cefaléia, ou “dor de cabeça” como popularmente é conhecida, constitui problema freqüente na população em geral, sendo uma das causas mais comuns de busca de atendimento médico.
Aterosclerose É o depósito no interior das artérias de substâncias gordurosas junto com colesterol, cálcio, produtos de degradação celular e fibrina (material envolvido na coagulação do sangue e formador de coágulos).
Diabetes Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.
Aneurisma Cerebral Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado. A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes
Epilepsia / Convulsão - Ataque Epiléptico É uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, freqüência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.
Hipertensão - Prevenção e Tratamento É um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos.
Abscesso Cerebral Trata-se de uma infecção encapsulada (confinada a uma área restrita) que acomete o tecido cerebral, podendo ser de formato único ou ser constituído por múltiplos focos, promovendo um efeito de massa que desloca as demais estruturas cerebrais, causando diversos sintomas.
Meningite Meningite (MGT) é uma infecção das membranas (meninges) que recobrem o cérebro por elementos patológicos como: vírus, bactérias, fungos ou protozoários.
Delírio São todas as doenças que levam uma pessoa a ouvir, enxergar e pensar que está vivenciando uma situação inexistente podendo levar o paciente a um quadro de agitação e/ou agressividade.
Dor de Cabeça (Cefaleia) Cefaléia, ou “dor de cabeça” como popularmente é conhecida, constitui problema freqüente na população em geral, sendo uma das causas mais comuns de busca de atendimento médico.
Fase de recuperação do Acidente Vascular Cerebral
Consoante a Organização
Mundial de Saúde, 2003 os estágios da fase de recuperação são:
1. Estágio
flácido
Persistência da
hipotonia, havendo perda motora geral e perda sensorial severa. O braço fica
mole e caído e o paciente não consegue firmar-se no espaço devido à fraqueza
muscular e ao baixo tónus muscular, sendo o mais incapacitante dos 3 estágios.
2. Estágio
de recuperação
Evolução para o tónus
normal, os movimentos iniciam-se nos membros, primeiro mais distalmente,
permanecendo na generalidade uma leve incapacidade.
3. Estágio
espástico
Evolução para a
hipertonia, a recuperação da função motora com uma evolução para a
espasticidade é bastante frequente. Há uma recuperação inicial dos movimentos
proximais dos membros. O tónus muscular aumentado conduz à espasticidade que se
apresenta nos músculos antigravíticos.Este tónus muscular é diferente em cada
indivíduo, influenciando a qualidade do movimento:
a) espasticidade severa: os
movimentos são difíceis e por vezes impossíveis devido à contracção muscular contínua;
b) espasticidade moderada:
os movimentos são lentos e realizados com esforço e coordenação anormal;
c) espasticidade leve: os
movimentos grossos dos membros são possíveis, enquanto os movimentos finos da
mão são difíceis.
4. Ataxia
Ataxia, é resultado em
alguns casos de hemiplegia (principalmente os causados por trauma), o cerebelo
ou o sistema cerebelar pode ser afectado. Os movimentos são descontrolados e
excessivos, havendo dificuldade na realização e manutenção das posições
intermediárias de um movimento. A realização de tentativas voluntárias para
resolver esses problemas causa tremor intencional e dismetria.
Bobath
Segundo Bobath, existem
três estágios pós-AVC
1. Primeiro estágio é a
hipotonia no hemicorpo afectado;
2. Segundo estágio é a
hipertonia do hemicorpo afectado;
3. Terceiro estágio é a de
recuperação relativa que depende de muitos factores entre os quais o local e a
extensão da lesão, a idade, a capacidade do sistema nervoso se reorganizar
(plasticidade) e a motivação/atitude do utente que podem fazer variar o tempo
de permanência entre os estágios e condicionar a recuperação (O´Sullivan,
1993).
http://acidentevascularcerebral.com/avc-fase-de-recuperacao.html#
Conselhos
para prevenir o AVC
- Fazer exercícios físicos regularmente (de 30 min. a 1hora, entre 3 e 6 vezes por semana)
- Dormir de 7 a 8 horas por noite, dormir menos e, sobretudo, mais aumenta o risco de AVC (ler Causas)
- Comer de modo sadio e equilibrado
Medir
regularmente a pressão arterial e, se ela estiver demasiado elevada, tratar-se-á
de cuidar o quanto antes da hipertensão
As Sequelas
do AVC
O AVC representa uma das principais causas de morte e de
incapacidade, uma vez que as seqüelas deixadas pela doença são muitas e
irreversíveis, como:
O coma e a morte ocasionados pelo AVC são as complicações
mais graves.
https://criasaude.com/hs.br
Situação no mundo
Brazil
O
acidente vascular cerebral (AVC) é uma das doenças pouco conhecidas pelos
brasileiros, apesar da alta incidência no país. Mais conhecido como “derrame”, o
AVC provoca a perda da função neurológica por conta do entupimento ou
rompimento de vasos sanguíneos.
Os médicos neurologistas Brasileiros dizem que
“Muita coisa pode ser feita para o tratamento do acidente vascular cerebral. O
transplante de célula-tronco, apesar de ainda estar engatinhando, é a grande
chance dos pacientes de AVC” e é assunto
aínda em debate do Jornal Globo News
edição das 10h.
http://glo.bo/oxNhW9
Europa
A doença vascular cerebral
é um sério problema entre nós.
A
situação tem vindo gradual e progressivamente a melhorar,mas a sua incidência
continua ainda a ser uma das mais elevadas, no espaço europeu. Em Portugal, a
prevalência de acidente vascular cerebral (AVC) é de cerca de 8% (com base num
estudo comunitário, em indivíduos com mais de 50 anos;
a
prevalência foi de 10,2% nos homens e 6,6% nas mulheres). A incidência, indicando
o primeiro evento cerebral na vida de um indivíduo, é de 170 a 200 novos AVC
anuais (por 100.000habitantes).
O
AVC é também a primeira causa de morte e de incapacidade em Portugal. Cerca de
17% dos doentes morrem aos 28 dias, depois do primeiro AVC, e 30% ao fim do 1º
ano. Em 2006,morreram quase 14.500 portugueses de doença vascular cerebral
(6.270 homens e 8.225 mulheres) – o equivalente a 137 óbitos por 100 000
habitantes. Além da morte, cerca de 20% dos doentes que sobrevivem ficam
necessitados de cuidados institucionais mantidos e 15% a 30% com incapacidades
neurológicas funcionais permanentes. O AVC é um acontecimento danoso na vida de
um indivíduo, mas também para família (e para os seus cuidadores).
Com
custos sociais e económicos elevados. Portugal é o sexto país da Europa que
mais gasta com a doença vascular cerebral. Os custos, diretos e indiretos,
atingem, de acordo com um relatório recente, 2,5 milhões de euros anuais.
Mas,
o AVC é, em grande parte, passível de ser prevenido e evitado. Todos nós,
cidadãos, estruturas de Saúde, médicos e outros profissionais, devem aprender a
reconhecer um conjunto de atitudes, hábitos e comportamentos (fatores de risco)
que favorecem a ocorrência deste evento trombótico e a aceitar as estratégias
de Saúde, direcionadas para os indivíduos de maior risco, capazes de
favorecerem uma vida com mais qualidade, maior longevidade e menor propensão (menor
probabilidade) de doença vascular cerebral.
www.fpcardiologia.pt
Em Angola
AVC
é a segunda maior causa de problemas físicos 455 Visualizações Setembro 10,
2015 Sociedade Romão Brandão Há sete anos, por exemplo, a questão
fisioterapeuta no nosso país era complicada porque as atenções estavam viradas
ao único Centro de Reabilitação, localizado na Maianga. Hoje, embora algumas
pessoas não partilham da mesma ideia, houve para muitos uma melhoria
significativa, uma vez que várias unidades hospitalares têm esse tipo de
tratamento. O acidente vascular cerebral e acidente de viação são os que
lideram os registos fisioterapêuticos. Dado o índice elevado de acidentes de
viação, as patologias mais comuns são os da traumatologia que são assistidos na
ortopedia , e os acidentes vascular cerebral (AVC) estão em segundo lugar na
lista. Este último ainda levanta receio em muitos quando a questão envolve
tratar-se dentro do país. Recentemente recuperado de um AVC, o cidadão José
Sapato, de 44 anos, foi diagnosticado o derrame depois de ter passado mal no
serviço e sido socorrido pelos colegas. Ainda inconsciente, foi assistido pelo
centro médico do seu local de trabalho, TAAG, e posteriormente transferido para
a clínica Multiperfil, dada a gravidade da situação. Ele disse “Tinha rebentado
a veia, o sangue estava a espalhar-se no cérebro, segundo o que os doutores
disseram. Fui operado e fiquei em coma durante algum tempo. Depois começaram a
aparecer outros problemas de visão, respiração e fala. Não conseguia fazer
nada”, conta. Para a fisioterapeuta Maria Maurício, da Multiperfil, apesar de ter
reconhecido que o número de pacientes com fracturas fruto de acidentes de
viação tem vindo a crescer, disse que tem havido casos de pacientes que não
precisam de muitas secções de fisioterapia (apenas dez) para que comecem a
mostrar melhorias. Depois dessa constatação, normalmente, o paciente é
aconselhado a contactar novamente o seu médico de consulta, mas o grande
problema tem surgido precisamente aqui, porque muitos escusam-se de contactar.
“É fundamental que se dê um tratamento multidisciplinar, porque tem havido
também casos de pacientes com dificuldades em pensar que vai ser curado, caindo
em depressão e criando assim um entrave no processo de recuperação”, sublinha.
A intervenção de um neuropsicólogo deve ser bem encarada nesse tipo de
situação, para facilitar o tratamento psicoterapêutico. Pacientes com problemas
de Osteoartrose, principalmente os com fraturamento causado por acidente de
viação, devem passar por aquela intervenção, pois tem sido difícil para muitos,
superar. Maria Maurício acompanhou o processo de recuperação de José Sapato,
que ficou internado, após a descoberta do derrame cerebral, durante três
semanas. A recuperação dele foi muito difícil, pois além dos problemas
respiratórios e das dificuldades de fala, teve também défice na memória e
paraplegia (do lado contra lateral). “Ele não conseguia ficar em pé, todos os
movimentos alguém tinha de fazer. Para a sua recuperação levou quatro meses e
actualmente continua a fazer a reabilitação para ganhar mais força e mais
independência. A sua recuperação também deve-se ao apoio que a família deu,
algo que nós recomendamos” sublinhou a especialista.
www:htt//.angop.pais.ao
CONCLUSÁO
Se
o paciente tem risco de desenvolver um AVC, é importante que se saiba
reconhecer os sintomas para que ele seja imediatamente conduzido para um
hospital e tratado adequadamente. É importante que, na suspeita de um AVC,
conduza o paciente imediatamente a um hospital.
RESUMO
AVC
é a sigla de Acidente Vascular Cerebral. O AVC (ou derrame) é uma doença
cerebral grave com importantes complicações. É possível prevenir um acidente
vascular cerebral prestando atenção ao seu estilo de vida, já que esta doença
cerebral é encontrada principalmente em pessoas com diabetes, hipertensão e/ou
com hipercolesterolemia (colesterol alto).
O
AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo cerebral é interrompido, sendo que isso
pode ser devido a um bloqueio de algum vaso ou uma hemorragia. É uma das
principais causas de morte no mundo e uma das principais doenças que deixam
seqüelas irreversíveis. O AVC ocorre principalmente em pessoas acima dos 55
anos de idade e tem como principais fatores de risco doenças crônicas como o
diabetes, a hipertensão, colesterol alto, tabagismo e o uso de drogas ilícitas.
E
as medidas preventivas incluem mudanças em hábitos alimentares (para evitar
diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade), pratica de atividades
físicas e, eventualmente, uso de medicamentos preventivos, como os anticoagulantes.
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