sexta-feira, 27 de maio de 2016

AVC (Derrame cerebral)


Definição
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo
Mas, o AVC é, em grande parte, passível de ser prevenido e evitado. Todos nós, cidadãos, estruturas de Saúde, médicose outros profissionais, devem aprender a reconhecer um conjunto de atitudes, hábitos e comportamentos (fatores de risco) que favorecem a ocorrência deste evento trombótico e a aceitar as estratégias de Saúde, direcionadas para os indivíduos de maior risco, capazes de favorecerem uma vida com mais qualidade, maior longevidade e menor propensão (menor probabilidade) de doença vascular cerebral.
Uma palavra que devemos ter em mente é que o AVC é evitável. E os fatores de risco e os comportamentos relacionados com a doença vascular cerebral são conhecidos e a sua prevenção e tratamento têm um impacto importante na redução do risco de ocorrência de um evento inicial (assim como na recorrência de um primeiro AVC).
A prevenção surge como um ditame ético central a que cada um de nós pode e deve responder! É fundamental reconhecermos o risco e identificarmos as situações que favorecem as suas sequelas. Para além da idade, a HTA, a diabetes mellitus,a FA (e as doenças cardíacas) e das dislipidemias devem ser diagnosticadas, tratadas e controladas. O tabagismo deve ser evitado e parado, a dieta deve ser ponderada e saudável, o exercício físico deve ser fomentado e mantido, o peso deve ser equilibrado e a obesidade e o sedentarismo devem ser combatidos.
www.fpcardiologia.pt
A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral (AVC), sendo essa uma das primeiras causas de morte e incapacidade no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Academia Brasileira de Neurologia (ABN). "O AVC, que atualmente é chamado de AVE (acidente vascular encefálico), ocorre quando existe Sintomas que podem ser discretos, e é muito comum acharmos que, em caso de derrame cerebral, a pessoa irá passar mal e desmaiar, devendo ser encaminhada para o hospital. Entretanto, os sintomas são muito mais sutis. "Dormência e fraqueza em uma metade do corpo, Alteração da fala e desequilíbrio são alguns dos sintomas de AVC.
E a OMS relata que, é a segunda maior causa de morte no mundo. Segundo o neurologista Marcos Stávali, diz que. "Uma boa educação da população jovem pode voltar a impedir que os índices elevados continuem ocorrendo”, e assim podemos dizer que é uma questão  educacional, que fala também sobre diagnósticos, tratamento da doença, influência da alimentação e de medicamentos na causa de derrames.
Porque o AVC é uma síndrome neurológica complexa envolvendo anormalidade usualmente súbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia seja parenquimatosa ou subaracnóidea. Cerca de 85% dos AVC são de origem isquêmica e 15 % decorrentes de hemorragia cerebral.  O AVC é altamente prevalente e principalmente devido aos avanços das últimas décadas, deve ser considerada uma emergência médica. O termo “brain attack” é frequentemente utilizado na literatura mundial, em virtude de instalação súbita e para demonstrar a importância de seu diagnóstico e manuseio precoces. Apesar de todos estes aspectos descritos, este tema é cercado de controvérsia e dúvidas. Neste texto será dada uma visão atualizada de aspectos gerais em relação à epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamento e prognóstico do AVC, com ênfase no tipo isquêmico, mais prevalente.












Objectivos Geral
É de obter mas conhecimentos apurados do tema em análise  como devem ser combatidas ou prevenir
Objectivo Específico
É de servir como metódo de apoio e consulta na instituição e herriquecer a biblioteca escolar e a qualquer que manifestar interece sobre o assunto em abordagem








Fundamento Teórico
História do Acidente Vascular Cerebral
Foi Hipócrates quem descreveu pela primeira vez a paralisia repentina que é frequentemente associada com os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Os episódios de AVC e o histórico familiar de AVC têm sido descritos desde o segundo milénio A.C. adiante, na antiga Mesopotâmia e Pérsia. Hipócrates (460-370 A.C.) foi o primeiro a descrever o fenómeno da paralisia repentina, que é frequentemente associado com a isquemia. A apoplexia, que advém da palavra grega que significa “atingido violentamente”, surgiu pela primeira vez nas escritas de Hipócrates para descrever este fenómeno. A palavra AVC foi utilizada como sinónimo de ataque apoplético desde 1599, e é uma tradução bastante literal do termo grego.
Em 1658, na sua Apoplexia, Johann Jacob Wepfer (1620-1695) identificou a causa do AVC hemorrágico, quando sugeriu que as pessoas que tinham morrido de apoplexia tinham hemorragias nos seus cérebros. Wepfer também identificou as principais artérias que irrigam o cérebro, as artérias carótidas e vertebrais, e identificou a causa dum tipo de AVC isquémico conhecido como enfarte cerebral quando sugeriu que a apoplexia podia ser causada por um bloqueio a estas artérias. Rudolf Virchow descreveu pela primeira vez o mecanismo de tromboembolismo como um fator importante.
O termo AVC foi introduzido em 1927, refletindo uma “crescente consciêncialização e aceitação das teorias vasculares e (…) o reconhecimento das consequências duma interrupção brusca do fornecimento vascular do cérebro”. [168] O seu uso agora é desencorajado por vários livros didáticos de neurologia, fundamentando que a conotação fortuita realizada pela palavra “acidente”, não destaca suficientemente a alterabilidade dos fatores de risco subjacentes. Como alternativa pode ser utilizada Apoplexia Cerebrovascular.
O termo “brain attack” (ataque cerebral) foi introduzido para sublinhar a natureza aguda do AVC de acordo com a American Stroke Association (Associação de AVC), que tem utilizado o termo desde 1990, e é utilizado coloquialmente para se referir tanto ao AVC isquémico, como ao AVC hemorrágico.
Conhecido popularmente como derrame, o AVC segundo as pesquisas é tido como a segunda maior causa de morte no mundo.
O AVC segundo o dicionário médico é definido como uma manifestação muitas vezes súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial: espasmo,isquemia,hemorragia e trombose (Manuiila, Lewalle e Nicoulin 2003) que geralmente afecta a maioria idosa, porém baseado em pesquisas existindo uma percentagem de 20% dos AVC’s que ocorrem em individuos abaixos dos 65anos
Independentememnte da faixa etária das pessoas nas quais a doença se instala, apresentam como os trombos e o embolismo(Enfartes cerebrais), hemorragia secundária ao aneurisma, anormalidades do desenvolvimento, hipertensão arterial, hemorragia cerebral, malformação dos vasos sanguinios, tumores cerebrais, traumas e outras situações diversas.
É de suma importância ressaltar que a eficiência em prestar socorro à vítima de AVC é de grande importância, pois segundo estudiosos da área, a chegada ao médico até três horas após o início dos sintomas possibilita maior chance de cura, em especial nos casos de derrame isquêmico.
Por meio de medicamentos é possível dissolver o coágulo que obstruiu o vaso sangüíneo e permitir que o sangue volte a circular normalmente. Quando tardio o atendimento, a possibilidade de cura sem seqüelas vai depender da localização e do tamanho da área do cérebro que foi atingida.
Considerando o alto comprometimento das funções neuromuscular, motora, sensorial, perceptiva e cognitivo-comportamental, o fonoaudiólogo irá propiciar a reabilitação das funções comprometidas parcialmente ou totalmente, dependendo do grau de comprometimento da área afetada.
Quando a lesão é no Hemisfério Esquerdo (Hemiplegia Direita) ocorrem principalmente afasias, apraxias ideomotoras e ideacionais, alexia para números, descriminação direita/esquerda e lentidão em organização e desempenho.
Quando é no Hemisfério Direito (Hemiplegia Esquerda), ocorre alteração viso espacial, auto negligência unilateral esquerda, alteração da imagem corporal, apraxia de vestuário, apraxia de construção, ilusões de abreviamento de tempo e rápida organização, desempenho entre outros.
Vale ressaltar que o fonoaudiólogo na reabilitação de pacientes portadores de AVC atua de forma multidisciplinar, garantindo uma melhor qualidade de vida do paciente.
Profissionais como médicos neurologistas, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos atuam intensamente em parceria com fonoaudiólogo, com o objetivo de adequar o mais breve as funções alteradas.
Lembrando que cada paciente apresenta seu próprio limite de resposta ao tratamento, limite esse que deve ser respeitado pelo profissional em parceria com a família

https://www.abcdasaude.com.br/sobre



 

 

 

 

 

 

EPIDEMIOLOGIA

O AVC está entre as condições médicas mais frequentes, apresentando nos EUA uma incidência de 500.000 casos/ano, sendo uma patologia neurológica ameaçadora, responsável por 20% das mortes cardiovasculares e ocupando o terceiro lugar entre as causas de morte em países desenvolvidos, depois de doenças cardíacas e câncer. Além da grande mortalidade, tal condição acarreta grande morbidade com perda funcional, surgimento de dependência parcial ou completa e consequentemente, elevados custos diretos e indiretos. É a principal causa de incapacidade em pessoas idosas. Estimam-se gastos em torno de 20 bilhões de dólares/ano nos EUA.

www.cesam.ua.pt

 

 

 

 

 


 

Angioplastia e Aplicação de Stent

A angioplastia e a inserção de stent já começaram a ser vistos como possíveis opções viáveis no tratamento do AVC isquémico agudo. a taxa de sucesso técnico (a redução de estenose <50%)da inserção de stent intracraniana na estenose arterial intracraniana sintomática, variou de 90-98%, e a taxa de complicações periprocessuais importantes variou de 4- 10%. As taxas de reestenose e/ou AVC após o tratamento também foram favoráveis. Estes dados sugerem que é necessário efetuar um estudo controlado aleatório para avaliar melhor a possível vantagem terapêutica desta medida preventiva.

Trombectomia mecânica

Pode ser tentada a remoção do coágulo naqueles em que a mesma ocorre dentro dum grande vaso sanguíneo, e pode ser uma opção para aqueles que ou não são elegíveis para efetuar trombolíticos intravenosos ou não melhorarem com os mesmos. Ocorrem complicações consideráveis em cerca de 7% das pessoas.

Neuroproteção

Tem sido demonstrado experimentalmente, que as drogas que limpam espécies reativas de oxigénio inibem a morte celular programada, ou inibem os neurotransmissores excitatórios, reduzem a lesão de tecidos causada pela isquemia. Os agentes que funcionam deste modo são referidos como sendo neuroprotetores. Até recentemente, os ensaios clínicos humanos com agentes neuroprotetores falharam, com a exceção provável do coma profundo barbitúrico. No entanto, mais recentemente o NXY-059, o derivado de dissulfonilo do limpador de radicais fenilbutilnitrona, foi referido como sendo neuroprotetor nos AVC. Este agente parece funcionar ao nível do revestimento dos vasos sanguíneos ou do endotélio. Infelizmente, depois de produzir resultados favoráveis num ensaio clínico em grande escala, não se conseguiu demonstrar resultados favoráveis num segundo ensaio. Portanto os benefícios de NXY-059 são questionáveis.
A oxigenoterapia hiperbárica tem sido estudada como uma possível medida de proteção, mas atualmente não se pensa ser benéfica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fisiopatologia do Acidente Vascular Cerebral

O tecido nervoso depende totalmente do aporte sanguíneo para que as células nervosas se mantenham activas, uma vez que não possui reservas.

A interrupção da irrigação sanguínea e consequente falta de glicose e oxigénio necessários ao metabolismo, provocam uma diminuição ou paragem da actividade funcional na área do cérebro afectada (Rocha, 2003).
Se a interrupção do aporte sanguíneo demorar menos de 3 minutos, a alteração é reversível, no entanto, se ultrapassar os 3 minutos, a alteração funcional pode ser irreversível, provocando necrose do tecido nervoso.
O AVC pode ser causado por 2 mecanismos distintos, por uma oclusão ou por uma hemorragia (Cohen, 2001).
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AVC isquémico

Um AVC isquémico ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado, frequentemente pela formação de uma placa aterosclerótica ou pela presença de um coágulo que chega através da circulação de uma outra parte do corpo (Cohen, 2001). O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos
A arteriosclerose produz a formação de placas e progressiva estenose do vaso. As suas sequelas são então a estenose, ulceração das lesões arterioscleróticas e trombose (Sullivan, 1993).
A trombose cerebral refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou de seus ramos. Os trombos podem ser deslocados, “viajando” para outro local, sob a forma de um êmbolo (Sullivan, 1993).
Os êmbolos cerebrais são pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias, ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até as artérias cerebrais, produzindo a oclusão e enfarte (Sullivan, 1993).
O AVC pode ainda ocorrer por um ataque isquémico transitório. Este, refere-se à temporária interrupção do suprimento sanguíneo ao cérebro (Sullivan, 1993). O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).

AVC hemorrágico

Um AVC hemorrágico (acontece em 10% dos AVC’s) ocorre devido à ruptura de um vaso sanguíneo, ou quando a pressão no vaso faz com que ele se rompa devido à hipertensão. A hemorragia pode ser intracerebral ou subaracnoideia. Em ambos os casos, a falta de suprimento sanguíneo causa enfarto na área suprida pelo vaso e as células morrem (Cohen, 2001).
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos

https://www.abcdasaude.com.br/neurologia/acidente-vascular-cerebral

 

 

 

 

 

Tipos e Subtipos de Acidente Vascular Cerebral

A determinação do tipo de AVC depende do mecanismo que o originou. Sendo assim, existem dois tipos de AVC como acima referimos, que se apresentam como o AVC isquémico e o AVC hemorrágico, que por sua vez apresentam alguns subtipos.


Tipos de AVC
Subtipos de AVC

Isquémico
Lacunar

Trombótico

Embólico
Hemorrágico
Cerebral (Intracerebral)

Meníngeo (Subaracnóide)

 

Acidente Vascular Cerebral lacunar

O AVC lacunar é provocado em 20% dos AVC’s e é ocasionado por enfartes muito pequenos com menos de 1cm cúbico de tamanho, que ocorrem somente onde arteríolas perfurantes se ramificam directamente de grandes vasos. É comum o défice motor puro ou sensitivo puro.
Os utentes irão apresentar determinados sinais clínicos, de acordo com a artéria cerebral envolvida.
As artérias que podem ser afectadas são: artéria cerebral anterior, artéria cerebral média, artéria cerebral posterior, artéria carótida interna, artéria basilar, artéria vertebrobasilar.

Acidente Vascular Cerebral trombótico

O AVC trombótico é o mais comum (40% dos AVC’s) e é causado pela aterosclerose – trombose cerebral. Há o desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais ou dos seus ramos, o que vai originar enfarto ou isquemia.

Acidente Vascular Cerebral embólico

O AVC embólico ocorre em 30% dos casos AVC’s e é criado por êmbolos cerebrais. São pequenas porções de matéria como trombos, tecido, gordura, ar, bactérias ou outros corpos estranhos, que são libertados na corrente sanguínea e que se deslocam até às artérias cerebrais, produzindo oclusão ou enfarto (doenças cardiovasculares).
Como se desenvolve ou se adquire?
Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.
A hipertensão arterial (HTA) é o principal fator de risco para a trombose (e enfarte) cerebral – AVC – e contribui também fortemente para a ocorrência de hemorragia intracerebral. A relação da pressão arterial com o risco de AVC é forte, contínua, progressiva e iterada (quanto maior é o valor da pressão arterial, maior é o risco), consistente, independente (não é modificada pela presença de outros fatores ou de outras doenças), preditora e etiologicamente significativa (está relacionada com todas as formas conhecidas de doença vascular cerebral). Além disso, a HTA contribui também para o aparecimento e desenvolvimento de doenças cardíacas e alterações do ritmo cardíaco, que, indiretamente, favorecem a eventualidade de um AVC. Anotamos que a elevação da pressão arterial sistólica (“máxima”), com ou sem o aumento da pressão “mínima” (diastólica), é um importante fator contributivo para a doença vascular cerebral. Por tudo isto, é central recomendar a todos – de uma forma geral e abrangente – um conjunto de medidas de modificação dos estilos de vida, não farmacológicas, que favorece a redução da pressão arterial e contraria o seu eventual aumento gradual com a idade. A par destas medidas, é fundamental vigiar regularmente a pressão arterial e tratar a HTA, tomando regularmente os medicamentos anti-hipertensores. Muitas vezes é necessário fazer mais do que um medicamento anti-hipertensor ou optar por associações fixas de medicamentos. É muito importante manter e cumprir o tratamento indicado pelo um médico. Conseguir uma redução da pressão arterial inicial não significa “cura da doença” (e paragem dos medicamentos), mas simplesmente “controlo da HTA” e necessidade de manter a medicação. O tratamento da HTA é, certamente, a estratégia mais efetiva na prevenção do AVC trombótico e hemorrágico e está relacionado com uma redução do risco em mais de 30% (a redução do risco é proporcional à diminuição dos valores tensionais). De uma forma geral, é necessário manter um controlo efetivo da pressão arterial: a pressão sistólica deve ser inferior a 140 mm Hg e a pressão diastólica inferior a 90 mm Hg (também pelo que foi dito, depreende-se que, mesmo nos mais idosos, é fundamental o controlo da pressão arterial sistólica, mesmo quando a pressão diastólica é “normal”).
Alguns dos fatores de risco não são modificáveis. Um deles, inevitável, é a idade; o AVC é, frequentemente, contemplado como uma doença da velhice (o que nem sempre é verdade! Aparentemente, a incidência nas idades mais jovens parece ter vindo a aumentar). Os efeitos cumulativos do envelhecimento no nosso sistema cardiovascular (coração e vasos sanguíneos) e a natureza progressiva (e efeito associado) dos fatores de risco para o AVC (hipertensão arterial, diabetes, hiperlipidemia ou tabagismo, por exemplo) justificam que o risco de ocorrência de AVC aumente com a idade. O risco de AVC isquémico (por trombose cerebral) duplica por cada década de vida que passa depois dos 55 anos.
Outro fator de risco não modificável é o género. O AVC é, geralmente, mais prevalente no homem do que na mulher.
O maior número de mortes por doença vascular cerebral nas mulheres resulta dos óbitos depois dos 75 anos (neste grupo etário houve, em 2006, mais de 6 900 óbitos nas mulheres e 4 300 nos homens); no global, 1 em cada 6 mulheres acabam por falecer de doença vascular cerebral (em comparação, 1 em cada 25 mulheres morrem por cancro da mama). No entanto, alguns comportamentos podem favorecer a ocorrência de um AVC em mulheres mais jovens; o uso de anticoncecionais orais (a ”pílula”), o tabagismo e a própria gravidez aumentam o risco de AVC nas mulheres mais jovens.
A etnia também tem uma palavra. Os dados acerca deste elemento são menos claros no mundo. No entanto, é aceite com base em dados internacionais que a raça negra (assim como, em alguns casos, os descendentes dos hispânicos e latino-americanos) tem uma maior incidência de todos os tipos de AVC (e uma maior taxa de mortalidade associada). Haverá várias razões que podem ser enunciadas explicativas desta realidade, mas o ambiente socioeconómico e a maior presença de hipertensão arterial (HTA) e outras comorbilidades são fatores que não podem ser esquecidos. Da mesma forma, haverá fatores genéticos vários que explicam um maior risco de doença vascular cerebral. Há mesmo algumas doenças genéticas – muito raras (por exemplo, entre as mais frequentes, a presença de aneurismas cerebrais) – que estão associadas a um reconhecido aumento do AVC. A melhor forma de os aquilatar é conhecer (e reconhecer) a importância da história familiar. Para saber o que somos e o que podemos ser, há, muitas vezes, que saber o que são e o que foram os nossos pais, os nossos avós (e, de um modo geral, os nossos familiares mais diretos). A história familiar de AVC (ou de acidente isquémico transitório , uma espécie de um “mini-AVC”) aumenta o risco em cerca de 30%. As mulheres com um AVC têm mais comummente – em comparação com os homens história familiar de doença vascular cerebral.














Manifestações clínicas do Acidente Vascular Cerebral

A sintomatologia depende da localização do processo isquémico, do tamanho da área isquémica, da natureza e funções da área atingida e da disponibilidade de um fluxo colateral.

As principais sequelas provenientes de um AVC são os défices neurológicos que se vão reflectir em todo o corpo, uni ou bilateralmente, como consequência da localização e da dimensão da lesão cerebral, podendo apresentar como sinais e sintomas perda do controlo voluntário em relação aos movimentos motores, sendo a disfunção motora mais comum, a hemiplegia (devido a uma lesão do lado oposto do cérebro); a hemiparésia ou fraqueza de um lado do corpo é outro sinal (Resck, et. al., 2004; Petrilli, Durufle, Nicolas, Pinel, Kerdoncuff, Gallien, 2002). Existindo assim um comprometimento ao nível das funções neuromuscular, motora, sensorial, perceptiva e cognitiva/comportamental (Resck, et.al., 2004).

Função Sensorial

A sensibilidade frequentemente sofre prejuízos, mas raramente está ausente do lado hemiplégico. São comuns as perdas proprioceptivas, exercendo significativo impacto sobre as habilidades motoras. Também são comuns a perca do tacto superficial, dor e temperatura, contribuindo para uma disfunção perceptiva geral e para o risco de autolesões.
Os pacientes hemiplégicos podem ainda sofrer de hemianopsia homónima – defeitos no campo visual. O paciente sofre de cegueira da metade nasal de um dos olhos e da metade temporal do outro, dependendo do local da lesão. As alterações sensoriais mais frequentes, aquando da ocorrência de um AVC, são os défices sensoriais superficiais (tácteis, térmicos e doloros), proprioceptivos (postural e vibratória) e visuais (diminuição da acuidade visual, diplopia).

Função e Comportamento Mental

Alguns dos pacientes que sofrem um AVC são dados como confusos ou não cooperantes, sem espírito de iniciativa, ou mentalmente inadequados. Podem também ficar com a compreensão prejudicada, sofrer de perda de memória recente, perda da percepção corporal, negação de lhe pertencerem os membros afectados.
Os utentes com lesão no hemisfério direito e esquerdo têm comportamentos muito distintos. Os utentes com lesão no hemisfério direito, tendem a ter um comportamento mais lento, são mais cuidadosos, incertos e inseguros. Ao desempenharem tarefas apresentam-se ansiosos e hesitantes, necessitando frequentemente de apoio e “feedback”.

Função Perceptiva

O tipo e a extensão dos défices perceptivos vão depender do local da lesão. Um AVC pode provocar distúrbios na posição no espaço, na percepção da profundidade, na orientação topográfica, apraxia (incapacidade para programar uma sequência de movimentos), agnosia (incapacidade de reconhecer objectos familiares de uso pessoal, e de lhe dar uma função), falhas na discriminação esquerda/direita, e dentro dela encontramos também distúrbios visuais como;
A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz).

Função da Linguagem/Comunicação

É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse. Este tipo de problema resulta geralmente quando o AVC teve a sua origem numa obstrução da artéria cerebral média localizada no hemisfério esquerdo.

Função motora

Os pacientes sofrem desequilíbrio postural, espasticidade, padrão flexor do membro superior e padrão extensor do membro inferior, o início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode se acompanhar de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida

Alterações do Tónus

Logo após um AVC, o hemicorpo afectado apresenta hipotonia, isto é, o tónus é muito baixo para iniciar qualquer movimento, não apresenta resistência ao movimento passivo e o utente não consegue manter o membro em nenhuma posição, principalmente durante as primeiras semanas. Ocasionalmente a flacidez dura apenas algumas horas ou dias, mas raramente persiste indefinidamente. Estas alterações levam ao desaparecimento da consciencialização e dos padrões de movimento do hemicorpo afectado, bem como a padrões inadequados do lado não afectado. Desta forma, o utente não consegue sentar-se sem apoio, manter-se de pé, etc.
É frequente nestes casos, com o passar do tempo, a substituição de um quadro de hipotonia, por um quadro hipertonia em que há um aumento da resistência ao movimento passivo (característico dos padrões espásticos). A espasticidade tende a aumentar gradualmente nos primeiros 18 meses com os esforços e actividades desenvolvidas pelo indivíduo (fase espástica), podendo provocar posturas anormais e movimentos estereotipados. Geralmente estes utentes apresentam hipertonia nos músculos anti-gravíticos do hemicorpo afectado (flexores no membro superior e extensores no membro superior).

Perda do mecanismo de controlo postural

A base para a realização dos movimentos voluntários normais especializados é o mecanismo de controlo postural. Desta forma, se as reacções posturais automáticas de um indivíduo que tenha sofrido um AVC não estiverem a funcionar no hemicorpo afectado, o indivíduo não conseguirá usar vários padrões normais de postura e de movimento, que lhe permitem fazer transferências, rolar, sentar-se, manter-se de pé, andar, realizar actividades da vida diária e outras actividades funcionais.
As patologias e as sequelas neurológicas interferem com a capacidade do indivíduo em executar as funções e a satisfazer as suas obrigações. Assim, o indivíduo com sequela neurológica não é capaz de desempenhar o seu papel social ou de manter o seu relacionamento habitual com os outros (Resck, et. al., 2004). Alguns autores defendem que os objectivos da reabilitação em pacientes com AVC são, prevenir complicações; recuperar ao máximo as funções cerebrais comprometidas pelo AVC (temporárias ou permanentes); e reintegrar o paciente na família, no trabalho e na sociedade melhorando a sua qualidade de vida (Resck, et. al., 2004; Yelnik, Lariboisière, Widal, 2005).
A promoção do máximo de independência funcional nas áreas de desempenho do utente deve ter em conta as suas capacidades, motivações e necessidades (Jette, Warren, Wirtalla, 2005).
www.afasia.com.br







Principais Sintomas de AVC
É importante entender que o AVC se manifesta como uma perda neurológica súbita, ou seja, mudanças em seus movimentos, fala, visão ou qualquer outra coisa que funcionava de uma determinada maneira e parou de repente ou então você começou a fazer de outra maneira. É extremamente importante saber reconhecer o AVC por:.                                                                                          
v  -Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
v  -Sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo                                                                                                                              
v  - Perda súbita de visão em um olho ou nos dois olhos;                                           
v  -  Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem;                                                                                 
v  -  Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;                                                
v  -  Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.  
Saber reconhecer o mais rápido possível, pois o tratamento precoce fará toda a diferença no futuro desse paciente e não esperar o pior passar, e outra mania muito perigosa principalmente quando o assunto é derrame cerebral é esperar a dor passar para, então procurar um médico. No geral, pensamos que é melhor deixar a pessoa se estabilizar, para evitar qualquer sofrimento em uma viagem ao hospital ou socorro. Entretanto, na suspeita de um AVC, o ideal é encaminhar essa pessoa para o hospital o mais rápido possível. É preciso entender que uma característica fundamental do AVC é a sua instalação súbita, e cada minuto perdido poderá fazer diferença lá na frente, na hora da recuperação, sabendo que quanto maior é o dano cerebral, maiores são as sequelas.  
E pode haver convulsões nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos.
 Os danos de um AVC são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de três horas para ser iniciado. Inclusive, no caso de AVC isquêmico, o médico pode dar ao paciente um medicamento antitrombótico chamado alteplase, que deve ser aplicado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui em 30% o risco de sequelas do AVC isquêmico e em 18% a mortalidade. Não dê AAS Muito se fala também sobre ministrar uma pílula de AAS (ácido acetilsalicílico) quando uma pessoa está sofrendo um AVC, já que ela afinaria o sangue e impediria um novo êmbolo. Apesar de ser um raciocínio correto, ele só traria algum benefício para pessoas que sofreram um
 AVC isquêmico - e ainda sim não é nada muito expressivo. Nos casos de AVC hemorrágico, o ácido acetilsalicílico pode piorar ainda mais o sangramento, agravando o quadro. E como não é possível saber qual tipo de derrame cerebral a pessoa está tendo sem avaliação médica, o conselho é não dar qualquer medicamento e encaminhá-la para o hospital. Não dê remédio para pressão Aqui a lógica é a mesma do ácido acetilsalicílico: nenhum medicamento deve ser ministrado sem avaliação médica, ainda que o paciente seja hipertenso. Novamente, é impossível saber que tipo de AVC a pessoa está sofrendo e se o medicamento irá beneficiar ou não aquele quadro. Nos casos em que o paciente tem hipertensão, a atenção com o rápido atendimento deve ser redobrada, e o controle do nível de pressão vai depender do tipo de AVC, do tratamento proposto e da história prévia da pessoa. Se a pessoa tiver diabetes, verifique a glicemia em pacientes com diabetes, a glicose muito alta ou muito baixa pode imitar os sintomas de AVC. Portanto, a verificação da glicemia ajuda a distinguir um problema de outro.
Dessa forma, é importante fazer medicação e, caso não seja o caso de uma alteração na glicemia, correr para receber o atendimento adequado. Chamar a emergência ou correr para o hospital Se você estiver perto de um hospital ou pronto socorro de confiança e tem condições de ir ou levar o paciente para lá com rapidez, não há porque esperar a ambulância.
 Entretanto, se você está longe de um pronto atendimento, não tem carro, a viagem até lá seria muito difícil ou você não está em condições de ir sozinho, não hesite em chamar a emergência, pois o tratamento pode iniciar já na ambulância  Além disso, os neurologistas lembram que o ideal é dar preferência a hospitais que sabidamente tem um serviço dedicado ao tratamento agudo do AVC, que são aqueles capazes de realizar procedimentos neurológicos, como exames e cirurgias. É necessário procedimento cirúrgico? Nesse contexto existem dois tipos de cirurgia que podem ser indicadas para o tratamento do AVC. Se o paciente tiver obstrução significativa das artérias carótidas no pescoço (caso de AVC isquêmico), pode precisar de uma endarterectomia de carótida. Durante esta operação, o cirurgião remove a formação de placas nas artérias carótidas para reduzir o risco de ataque isquêmico transitório (TIA) ou AVC. Os benefícios e os riscos desta cirurgia devem ser cuidadosamente avaliados, pois a cirurgia em si pode causar um AVC. Já para o AVC hemorrágico, o tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento.
O tratamento cirúrgico para o caso de AVC hemorrágico pode não ser realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro. Como em N casos ném todo o paciente precisará desses procedimentos cirúrgicos para se recuperar de um derrame cerebral. A indicação cirúrgica também depende da gravidade do quadro e da condição clinica do paciente, sendo avaliado caso a caso.
Será que toda recuperação é igual? Não, o andamento do paciente após um AVC pode variar muito. Tudo depende de fatores como extensão do AVC, local do cérebro onde ele aconteceu, demora no tratamento, idade, tipo de derrame, doenças relacionadas... Não há regra, cada caso evolui de um jeito, Todavia, quanto mais precoce e mais especializado o atendimento em geral os resultados são muitas das vezes beneficos.
Os homens e mulheres fisicamente ativos têm, geralmente, uma redução em 25-30% no risco de AVC e morte. A atividade física favorece o controlo da pressão arterial e de outros fatores de risco para a doença cardiovascular (incluindo a diabetes e o excesso de peso), o aumento do colesterol “bom” (HDL-colesterol) e a diminuição da inflamação e contribui, assim, direta e indiretamente, para a redução do risco de doença vascular cerebral.
Saber se tem algum problema do coração ou alguma alteração do ritmo cardíaco. O coração é um órgão muscular com quatro cavidades individualizadas, que trabalham de maneira eficiente e contínua durante a vida.
As paredes musculares de cada cavidade contraem-se numa sequência precisa, de modo a tornar eficaz o trabalho do músculo cardíaco. Quando esta sequência é perturbada dizemos que há uma arritmia cardíaca.
A fibrilação auricular (FA) é a arritmia mais frequente, causa marcada de morbilidade e está relacionada com o maior risco de AVC. A FA está associada a um aumento de 4 a 5 vezes do risco de AVC e é responsável por cerca de 15% a 20% dos eventos agudos vasculares cerebrais.
Ocorre mais nas idades mais avançadas (a partir dos 50 anos, a incidência de FA duplica em cada década de vida), a FA afeta cerca de 2,5% da população portuguesa, com valores mais importantes depois dos 70 anos (cerca de 6-10%). O risco anual de AVC isquémico (tromboembólico, porque o AVC resulta da estase do sangue na aurícula esquerda, que não contrai de forma eficiente) é de 3% a 5% e é influenciado pela presença de outros problemas concomitantes: a idade superior a 75 anos, a história de HTA (ou de uma pressão sistólica ou igual a160 mm Hg) e a presença de diabetes ou de doença cardíaca (insuficiência cardíaca ). A FA é também um importante preditor independente de mortalidade e de perda de qualidade de vida, além de aumentar também o risco de declínio cognitivo e demência .
Nos doentes com FA, o risco de AVC pode ser muito efetivamente diminuído (mais de 60%) com o recurso à anticoagulação oral, os anticoagulantes “clássicos” ou com os novos anticoagulantes e é uma estratégia efectiva de reduzir a carga de doença vascular cerebral, de melhorar as suas consequências potenciais e de diminuir a mortalidade associada. Por isso, é fundamental diagnosticar a FA, reconhecer o seu significado e saber, quando iniciar a anticoagulação logo que seja diagnosticada, pela primeira vez, e a FA  que é fundamental estar bem anticoagulado(com níveis adequados terapêuticos).
Há outras condições, situações e doenças, que – talvez menos importantes! – estão, desta ou de outra forma, relacionadas com o AVC. Tivemos que escolher e, todos entenderão, optámos pelas mais prevalentes, mais importantes, com maior peso na Saúde Pública e mais suscetíveis de serem prevenidas. No entanto, reservo ainda uma palavra para lembrar que o ressonar durante a noite, o acordar com a sensação de que o sono não foi reparador e que não descansou o suficiente (com um cansaço persistente, no período diurno), o adormecer facilmente durante o dia (enquanto aguarda numa sala de espera, enquanto lê um livro ou quando está em frente do televisor) pode não ser normal. Em alguns casos está relacionado com perturbações do sono: a síndrome de apneia-hipopneia do sono.
A apneia do sono condiciona ou agrava a HTA, é, muitas vezes, causa de dificuldade no seu tratamento, causa doenças cardíacas e FA, altera a circulação sanguínea cerebral, acelera a aterosclerose arterial e aumenta a inflamação e a tendência para a trombose. Por tudo isto, a apneia do sono está associada também a um risco maior de AVC. É importante ser avaliada e diagnosticada especialmente nos doentes obesos, com HTA difícil de tratar e com outras doenças cardíacas.
O seu tratamento individualizado e adequado à situação clínica ajuda a melhorar o sono e a qualidade de vida, a reduzir o risco de doença e mortalidade e, consequentemente, de minorar as suas complicações vasculares cerebrais.
Como o médico faz o diagnóstico?
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sanguíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.
Como se trata e como se previne?
Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados, pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar.
A reabilitação pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes dos danos causados pela lesão.
O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.
As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.
Qual é o prognóstico?
Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.
A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25% dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5anos.

https://www.abcdasaude.com.br/neurologia/acidente-vascular-cerebral




















Tratamento e Cuidados de AVC
Como toda a doênça tem o seu tratamento esta também não foge muito dos seus preceitos, e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC dependerá sempre das particularidades que envolvam cada caso. Há recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afectadas. Para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida, é fundamental que ele seja analisado e tratado por uma equipa multidisciplinar de profissionais da saúde como; fisioterapeutas, médicos, psicólogos e demais profissionais. Seja qual for o tipo do acidente, as consequências são bastante danosas. Além de estar entre as principais causas de morte mundial, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas. Conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões, e aínda Ele pode oscilar entre dois opostos. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas. Os mais graves, todavia, podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência, sem condições, por vezes, de nem mesmo sair da cama. A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, epilepsia vascular, depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário. Para que o risco de sequelas seja significativamente reduzido, o correto é que a vítima seja levada imediatamente ao hospital. Os danos são consideravelmente maiores quando o atendimento demora mais de 3 horas para ser iniciado. Medicamentos para AVC Os medicamentos usados no tratamento do AVC são geralmente indicados para evitar futuras complicações, a exemplo de doenças cardiovasculares. Para casos como esses, a «sinvastatina» costuma ser o remédio mais prescritos por especialistas. Outros medicamentos usados para prevenir complicações e tratar efeitos do AVC são:
ü  Aradois
ü  Aspirina
ü  Prevent
ü  Atorvastatina Cálcica
ü  Cebralat
ü  Cilostazol
ü  Clopidogrel
ü  Marevan
Esses medicamentos também podem ser recomendados por médicos para prevenir a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais. No entanto, sempre tenha em mente que somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o paciente com essa patologia, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Seguindo sempre à risca dos protocolos estabelecidos pelo médico.
Sabendo que o AVC  representa uma urgência médica. É importante reconhecer os primeiros sintomas para dar uma resposta rápida ao paciente, evitando complicações graves, sequelas permanentes.
 Uma vez que o paciente é hospitalizado, o tratamento é apoiado por médicos e enfermeiros. O médico irá configurar diferentes tratamentos para prevenir complicações (recanalização arterial, trombólise, antitrombóticos), depois ele irá prescrever seções de fisioterapia para reabilitação física e reabilitação verbal, quando a função da locução for afectada. E alguns desses factores não podem ser modificados no diagnostico, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros factores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como
Ø  A hipertensão arterial (pressão alta),
Ø  A diabetes mellitus,
Ø  As doenças cardíacas,
Ø  A enxaqueca ,
Ø  O uso de anticoncepcionais hormonais,
Ø  A ingestão de bebidas alcoólicas,
Ø  O fumo (fumador passivo)
Ø  O sedentarismo (falta de atividades físicas) e a obesidade .
A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC
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Podemos dividir, do ponto de vista didático, o tratamento em diferentes fases. Neste momento discutiremos as fases aguda e crônica envolvendo aspectos suportivos e o tratamento específico, além de alguns aspectos da profilaxia.

FASE AGUDA
Na fase aguda, a primeira parte do tratamento diz respeito ao manuseio de uma emergência médica, potencialmente grave ou já desde a sua instalação, com instabilidade. Deve-se obter com informante ou o próprio paciente, informações sobre o início preciso do quadro, os sinais e sintomas envolvidos e a evolução dos mesmos desde a sua instalação. No caso de paciente já gravemente enfermo, os cuidados com via aérea, respiração, parâmetros hemodinâmicos são os iniciais, ao mesmo tempo em que se avalia o quadro neurológico. Existem várias escalas para avaliação do AVC na sua fase aguda, no entanto pela facilidade de sua aplicação e pelo seu amplo conhecimento entre os profissionais de saúde, a Escala de Coma de Glasgow (ECG), embora destinada aos pacientes vítimas de trauma, é frequentemente  utilizada.
A ingestão de alimentos dieta  principalmente via oral, deve ser  interrompida na fase aguda e reestabelecida posteriormente, a depender do nível de consciência e da presença ou não de disfagia. Sonda nasoentérica, gastrostomia, jejunostomia via endoscópica ou convencional, ou ainda dieta parenteral são condições avaliadas caso a caso.  Não há necessidade de aporte extra de glicose na fase aguda, devendo ser evitada a hipoglicemia e hiperglicemias.
A temperatura deve ser monitorizada, evitando a febre ou hipertermia, uma vez que estas condições aumentam o metabolismo, potencializando uma maior lesão neuronal.
Uma vez estabelecida via aérea adequada e caso o padrão respiratório seja satisfatório, não há necessidade de fornecimento suplementar de oxigênio. Dependendo do nível de consciência (usualmente ECG<8) e do padrão respiratório, deve-se instituir entubação e ventilação mecânica.
A maioria dos pacientes vai apresentar certo grau de instabilidade hemodinâmica, com hipertensão arterial reativa. Nos casos do AVC hemorrágico, controle agressivo da pressão aretrial é justificado, uma vez que estes podem se estender, principalmente nas primeiras 6 horas. No caso de AVC isquêmico deve-se evitar ao máximo a redução da pressão arterial, uma vez que, tal redução pode comprometer a viabilidade do tecido cerebral potencialmente reversível (áreas de penumbra). Os estudos mais recentes sugerem o não controle pressórico na fase hiperaguda do AVC isquêmico, exceto na presença de emergência hipertensiva ou no uso de trombolítico.. Hipotensão arterial deve ser sempre prontamente corrigida com uso de volume ou até drogas vasoativas.
Não há indicação de uso rotineiro de anticonvulsivantes, exceto na hemorragia subaracnóidea. No caso do surgimento de crise convulsiva é mandatório o início de droga anticonvulsivante, usualmente a fenitóina, pela sua disponibilidade parenteral (venosa) e oral e pelo fato de não induzir sedação que possa comprometer a avaliação neurológica na fase inicial.
Não há até momento, comprovação de eficácia de drogas ditas neuroprotetoras, sendo este ainda, um tratamento de caráter experimental.  Recentemente, no entanto, o uso de Ancrod pareceu melhorar o prognóstico do AVC.
Tratamento fisioterápico motor e respiratório, profilaxia de escaras de decúbito, profilaxia de processos tronboembólicos, principalmente trombose venosa profunda devem ser iniciados precocemente, já na fase aguda.
Considerando-se o tratamento específico, recentes avanços podem definir as opções, baseado principalmente no tipo do AVC, tempo de evolução, idade e condições clínicas do paciente.
Na tentativa de minimizar o dano neuronal decorrente da interrupção súbita do fluxo arterial pela oclusão vascular, surgiram nos últimos anos, vários estudos com administração de trombolíticos. Tais estudos se propunham a tratar pacientes com AVC isquêmico que apresentavam déficit motor significativo. O entusiasmo inicial foi reduzido por trabalhos envolvendo estreptoquinase, onde se obteve elevação significativa das complicações hemorrágicas e da mortalidade. Em 1996, o FDA  aprovou o  uso de rtPA venoso na fase aguda do AVC com evolução inferior há 3 horas. A aprovação se baseou nos resultados que demonstraram melhor prognóstico evolutivo após 3 meses. Houve aumento da chance de transformação hemorrágica, mas sem comprometimento da mortalidade.
Para os casos com duração de 3 a 6 horas, estudos com a administração intra-arterial de trombolícos evidenciaram benefício, com maior taxa de recanalização, embora careçam de aprovação pelo FDA.
Cada caso deve ainda ser avaliado individualmente, uma vez que inúmeros fatores devem ser considerados antes de se decidir pela terapêutica mais apropriada. Idade avançada, cirurgia recente, passado de AVC níveis pressóricos muito elevados na fase hiperaguda e outros, constituem contra-indicações à terapêutica com trombolítiocs.  Em virtude das inúmeras contra-indicações e da pequena janela terapêutica, apenas cerca de 10% dos pacientes vítimas de AVC isquêmico são passíveis da terapêutica específica.
Nos casos  em que não se indicar o uso de trombolítico, ou seja, na maioria dos casos, o tratamento englobará o uso de antiagregante (AAS) e heparina profilática subcutânea.
Para os casos de cardioembolismo a anticogulação tem efeito apenos como profilaxia secundária, devendo, sobretudo nos casos de AVC extenso, preferencialmente adiada na fase inicial (aproximadamente 72 horas) pelo risco de transformação hemorrágica. Pelos estudos mais recentes, que evidenciaram risco de recorrência na fase aguda muito inferior ao anteriormente relatado, não há indicação de anticoagulação na fase aguda de AVC. O uso de heparina é sugerido nos casos de trombose venosa cerebral e possivelmente em patologias obstrutivas de grandes artérias, embora não hajam ainda estudos definitivos. O uso de heparina em outras condições especiais como o AIT repetição, AVC no território vertebro-basilar, entre outros, também não está estabelecido, não devendo ser, no momento, livremente encorajado.
Em relação ao AVC hemorrágico, a abordagem terapêutica mais comumente empregada é o tratamento cirúrgico de hematomas intracranianas e a clipagem ou embolização de aneurismas cerebrais.





FASE CRÔNICA
O tratamento da fase crônica necessita muitas vezes de uma equipe multidisciplinar, envolvendo médico, fisioterapeuta, fisiatra, fonoaudiólogo, nutrocionista, nutrólogo, psicólogo, terapêuta ocupacional e outros. Alguns pontos importantes serão salientados a seguir.
O tratamento profilático deve ser definido após definição etiológica. Os fatores de risco e patologias existentes devem ser sempre considerados e corrigidos dentro do possível. Nos caso de AVC aterotrombótico está indicado o uso de antiagregante, usualmente AAS, embora a dose ideal não seja definida na literatura. As outras opções como a ticlopidina e recentemente o clopidogrel embora eficazes e até estatisticamente superiores, devem ser vistas com cautela, em virtude do maior custo e efeitos colaterais.
 Deve-se salientar ainda que a superioridade estatística destas drogas são praticamente desprezíveis na redução do risco relativo a  nível individual.
No caso de etiologia cardioembólica, está indicado o uso de anticoagulante oral com manutenção de RNI em torno de 2.0 a 3.0.
O tratamento mais adequado para patologia obstrutiva de carótida é ainda um assunto de constante polêmica, dependendo de fatores decorrentes da grau e características da estenose, além da experiência e técnicas do cirurgia e Serviço envolvidos no procedimento. Resumindo-se, considera-se mais definido pensar em tratamento cirúrgico nos casos de estenose suboclusiva sintomática superior a 70%. Os demais casos ainda merecem decisão individual e pormenorizada.  O uso de modalidades neuroradilógicas intervensionistas com angioplastia com balão de proteção, colocação de stents e by-pass, são assuntos ainda mais recentes, com resultados promissores, sendo geralmente optados nos pacientes de maior risco cirúrgico. e complexos, devendo ser considerados em condições excepcionais. Mesmo quando indicado, a abordagem da patologia obstrutiva de grandes vasos é usualmente realizada fora da fase aguda.
A espasticidade é um problema frequente resultado da lesão piramidal, respondendo usualmente ao uso de baclofen, tizanidina e diazepam. Outras opções terapêuticas são a toxina botulínica e rizotomia dorsal seletiva.

A disfagia é de difícil abordagem terapêutica sendo útil o auxílio de um fonoaudiólogo. Melhor terapêutica usualmente é possível após uma investigação clínica do sintoma, e de propedêutica como o videodeglutograma. Medidas simples como mudanças dietéticas e do hábito alimentar podem auxiliar no problema, e em alguns casos, o emprego de sondas, ostomias e até procedimentos radicais como desconexão esôfago-traqueal nos casos de ocorrência de pneumonia aspirativa recorrente.
Os déficits de linguagem envolvem geralmente a disartria e a afasia, para os quais, tratamento fonoaudiológico é geralmente indicado.
Os distúrbios esfincterianos geralmente se manifestam por incontinência em pacientes com seqüelas graves. Avaliação urológica clínica e complementar (urodinâmica) pode ser útil.
Déficits cognitivos resultando em Demência vascular podem ocorrer pois lesões focais, ou mais comumente, de repetição. Outras condições como parkinsonismo vascular são mais raras.
Epilepsia secundária a AVC ocorre em cerca de 20% dos casos, merecendo abordagem semelhante às outras causas de epilepsia. Vale a pena salientar a maior sensibilidade da população idosa às drogas anti-epilépticas, que são então, usualmente utilizadas em doses inferiores às habituais.
A depressão é outra condição freqüente, acometendo cerca de 30% dos pacientes, podendo limitar a qualidade de vida e a aderência aos tratamentos necessários. A abordagem terapêutica não difere da empregada nos outros casos de depressão, envolvendo a psicoterapia e o uso de antidepressivos como tricíclicos, inibidores da recaptação de serotonina e outros.

Thomas Brott, Julien B. Treatment os Acute Ischemic Stroke. New Engl J med 2000; 343: 710-22
Comini FE et al. “Trombólise intra-arterial - Experiência de 16 casos”
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Algumas das possíveis complicações do AVC 
As complicações do AVC dependem não somente do tratamento, mas também do local no cérebro onde ocorreu. Um AVC pode afetar a capacidade de comunicação com o resto do corpo. Como o AVC geralmente lesiona apenas certas áreas do cérebro, as complicações decorrentes tendem a ser pareadas, sendo a parte do corpo ou função corporal comprometida coincidente com a parte do cérebro afetada que a controla. Isso significa perda do controle muscular de um lado do corpo, perda dos músculos que controlam a fala ou outros grupos musculares. Um AVC também afeta a área do cérebro que controla a habilidade cognitiva específica como a memória ou a estabilidade do humor.
Em um acidente vascular cerebral, há uma disfunção neurológica no cérebro e as complicações podem ser graves. Por isso que é essencial apoiar o paciente rapidamente, a fim de evitar complicações que ele tenha que pagar pelo resto da vida, como, por exemplo, a hemiplegia (paralisia de um lado, afetando o membro superior e inferior, ou seja, o braço e a perna).
Perda de controle muscular/paralisia
Durante um AVC, partes do cérebro perdem muito, ou todo, o fluxo sanguíneo, privando estas áreas de oxigênio e às vezes causando lesões prolongadas e até mesmo permanentes. Devido ao fato de que áreas específicas do cérebro controlam certos músculos do corpo, a lesão muscular no AVC é frequentemente agrupada em grupos específicos de músculos. Por exemplo, é comum que pacientes com AVC percam o controle muscular ou fiquem paralisados em apenas um lado do corpo, ficando o outro lado 100% funcional. A face é uma área comumente afetada pelo AVC; é muito comum que um paciente com AVC fique paralisado em um dos lados da face.
Problemas da fala
O AVC frequentemente afeta as áreas do cérebro responsáveis pelo controle dos músculos da face, incluindo os músculos utilizados para a fala. Também é possível que o AVC afete áreas do cérebro que controlam a função da memória, fazendo com que os pacientes tenham dificuldade para encontrar as palavras certas para o que estão sentindo, um distúrbio chamado de afasia. Em muitos casos, um fonoaudiólogo pode ajudar a melhorar este problema.
Dificuldade para deglutir
Se as áreas do cérebro afetadas pelo AVC controlarem os músculos do pescoço, pode haver dificuldade para deglutir. Isso também inclui a inalação acidental de alimentos para as vias aéreas, um distúrbio conhecido como aspiração.
Déficit cognitivo
Como o AVC afeta o cérebro, é comum que os pacientes apresentem problemas de memória. Estes podem incluir perda de memória, dificuldade para lembrar eventos recentes e até mesmo dificuldade para entender conceitos que eram conhecidos antes do AVC.
Amortecimento
 O amortecimento geralmente ocorre em um dos lados do corpo, oposto ao lado afetado do cérebro pelo AVC.
Dor
 A dor pode também acompanhar um AVC. Amortecimento e dor podem se alternar na mesma área, já que o cérebro tem dificuldade de se comunicar com os nervos de certas áreas.
Perda da independência
 Déficits físicos podem exigir que pacientes com AVC necessitem de assistência para as tarefas diárias como cozinhar, limpar e outras. Podem também necessitar de equipamentos de ajuda como bengalas ou cadeira de rodas.
Alterações da personalidade e do humor
 Devido ao fato de que o AVC pode lesar áreas do cérebro que controlam o humor e a personalidade, os sobreviventes de AVC frequentemente mostram-se um pouco diferentes, em termos de temperamento, do que antes do AVC. Uma pessoa normalmente paciente pode parecer ter pouca paciência ou uma pessoa normalmente atenciosa pode se tornar esquecida ou retraída. É importante manter a paciência e a calma com pessoas que sofreram um AVC.

Depressão
 A recuperação após um AVC, especialmente os com graves consequências físicas ou cognitivas, pode ser extremamente difícil. Um paciente com AVC pode não ser capaz de realizar muitas das atividades que estava acostumado a fazer, incluindo voltar ao trabalho. Graves traumas como o AVC podem também comprometer as relações, afetando o paciente e sua família, amigos e entes queridos. Consequentemente, é muito comum que pacientes com AVC apresentem pior humor e, em alguns casos, apresentem depressão clínica. A depressão é um grave distúrbio e deve ser tratado como tal. Saiba mais visitando o Centro de Aprendizagem sobre a Depressão (Depression Learning Center).
Redução do tempo de vida
 Estatísticas mostram que uma pessoa que tenha sofrido um ou mais AVCs durante a vida tem uma probabilidade muito maior de falecer do que o resto da população. Os AVCs afetam geralmente adultos com mais de 65 anos de idade. Pessoas que apresentam AVC antes dos 65 anos tem uma melhor chance de sobrevida.
http://pt.healthline.com/health/complicacoes-do-avc










Patologias a ter em conta quando o caso é AVC
Hipertensão Arterial (Pressão Alta)  Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo

Aterosclerose  É o depósito no interior das artérias de substâncias gordurosas junto com colesterol, cálcio, produtos de degradação celular e fibrina (material envolvido na coagulação do sangue e formador de coágulos).

Diabetes  Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.

Aneurisma Cerebral  Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura da mesma no local enfraquecido e dilatado. A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes

Epilepsia / Convulsão - Ataque Epiléptico  É uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, freqüência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.

Hipertensão - Prevenção e Tratamento  É um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões dos órgãos atingidos.

Abscesso Cerebral  Trata-se de uma infecção encapsulada (confinada a uma área restrita) que acomete o tecido cerebral, podendo ser de formato único ou ser constituído por múltiplos focos, promovendo um efeito de massa que desloca as demais estruturas cerebrais, causando diversos sintomas.

Meningite  Meningite (MGT) é uma infecção das membranas (meninges) que recobrem o cérebro por elementos patológicos como: vírus, bactérias, fungos ou protozoários.

Delírio  São todas as doenças que levam uma pessoa a ouvir, enxergar e pensar que está vivenciando uma situação inexistente podendo levar o paciente a um quadro de agitação e/ou agressividade.

Dor de Cabeça (Cefaleia)  Cefaléia, ou “dor de cabeça” como popularmente é conhecida, constitui problema freqüente na população em geral, sendo uma das causas mais comuns de busca de atendimento médico.












Fase de recuperação do Acidente Vascular Cerebral
Consoante a Organização Mundial de Saúde, 2003 os estágios da fase de recuperação são:
1. Estágio flácido
Persistência da hipotonia, havendo perda motora geral e perda sensorial severa. O braço fica mole e caído e o paciente não consegue firmar-se no espaço devido à fraqueza muscular e ao baixo tónus muscular, sendo o mais incapacitante dos 3 estágios.
2. Estágio de recuperação
Evolução para o tónus normal, os movimentos iniciam-se nos membros, primeiro mais distalmente, permanecendo na generalidade uma leve incapacidade.
3. Estágio espástico
Evolução para a hipertonia, a recuperação da função motora com uma evolução para a espasticidade é bastante frequente. Há uma recuperação inicial dos movimentos proximais dos membros. O tónus muscular aumentado conduz à espasticidade que se apresenta nos músculos antigravíticos.Este tónus muscular é diferente em cada indivíduo, influenciando a qualidade do movimento:
a)     espasticidade severa: os movimentos são difíceis e por vezes impossíveis devido à contracção muscular contínua;
b)    espasticidade moderada: os movimentos são lentos e realizados com esforço e coordenação anormal;
c)     espasticidade leve: os movimentos grossos dos membros são possíveis, enquanto os movimentos finos da mão são difíceis.

4. Ataxia
Ataxia, é resultado em alguns casos de hemiplegia (principalmente os causados por trauma), o cerebelo ou o sistema cerebelar pode ser afectado. Os movimentos são descontrolados e excessivos, havendo dificuldade na realização e manutenção das posições intermediárias de um movimento. A realização de tentativas voluntárias para resolver esses problemas causa tremor intencional e dismetria.
Bobath
Segundo Bobath, existem três estágios pós-AVC
1.    Primeiro estágio é a hipotonia no hemicorpo afectado;
2.    Segundo estágio é a hipertonia do hemicorpo afectado;
3.    Terceiro estágio é a de recuperação relativa que depende de muitos factores entre os quais o local e a extensão da lesão, a idade, a capacidade do sistema nervoso se reorganizar (plasticidade) e a motivação/atitude do utente que podem fazer variar o tempo de permanência entre os estágios e condicionar a recuperação (O´Sullivan, 1993).
http://acidentevascularcerebral.com/avc-fase-de-recuperacao.html#










Conselhos para prevenir o AVC
  1. Fazer exercícios físicos regularmente (de 30 min. a 1hora, entre 3 e 6 vezes por semana)
  2.  Dormir de 7 a 8 horas por noite, dormir menos e, sobretudo, mais aumenta o risco de AVC (ler Causas)
  3. Comer de modo sadio e equilibrado
Medir regularmente a pressão arterial e, se ela estiver demasiado elevada, tratar-se-á de cuidar o quanto antes da hipertensão


















As  Sequelas do AVC
O AVC representa uma das principais causas de morte e de incapacidade, uma vez que as seqüelas deixadas pela doença são muitas e irreversíveis, como:
*      – Seqüelas como epilepsia;
*      – Edema cerebral;
*      – Aumento de chances de infecções por perda de tônus muscular (afetado pelo AVC), como infecções urinárias;
*      – Paralisias de parte do corpo, como hemiplegia ou tetraplegia (paralisia dos quatro membros), ou perda de parte do movimento;
*      – Distúrbios visuais, incluindo perda da visão;
*      – Dificuldades de fala e deglutição; Perda de memória e dificuldade de raciocínio e entendimento;
*      – Tonturas e dores;
*      – Mudanças comportamentais e perda da capacidade de cuidarem de si próprias, sendo necessária a presença de cuidadores.
O coma e a morte ocasionados pelo AVC são as complicações mais graves.
https://criasaude.com/hs.br









Situação no mundo
Brazil
    O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das doenças pouco conhecidas pelos brasileiros, apesar da alta incidência no país. Mais conhecido como “derrame”, o AVC provoca a perda da função neurológica por conta do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos.
Os  médicos neurologistas Brasileiros dizem que “Muita coisa pode ser feita para o tratamento do acidente vascular cerebral. O transplante de célula-tronco, apesar de ainda estar engatinhando, é a grande chance dos pacientes de AVC”  e é assunto aínda em debate  do Jornal Globo News edição das 10h.
http://glo.bo/oxNhW9
 Europa  
  A doença vascular cerebral é um sério problema entre nós.
A situação tem vindo gradual e progressivamente a melhorar,mas a sua incidência continua ainda a ser uma das mais elevadas, no espaço europeu. Em Portugal, a prevalência de acidente vascular cerebral (AVC) é de cerca de 8% (com base num estudo comunitário, em indivíduos com mais de 50 anos;
a prevalência foi de 10,2% nos homens e 6,6% nas mulheres). A incidência, indicando o primeiro evento cerebral na vida de um indivíduo, é de 170 a 200 novos AVC anuais (por 100.000habitantes).
O AVC é também a primeira causa de morte e de incapacidade em Portugal. Cerca de 17% dos doentes morrem aos 28 dias, depois do primeiro AVC, e 30% ao fim do 1º ano. Em 2006,morreram quase 14.500 portugueses de doença vascular cerebral (6.270 homens e 8.225 mulheres) – o equivalente a 137 óbitos por 100 000 habitantes. Além da morte, cerca de 20% dos doentes que sobrevivem ficam necessitados de cuidados institucionais mantidos e 15% a 30% com incapacidades neurológicas funcionais permanentes. O AVC é um acontecimento danoso na vida de um indivíduo, mas também para família (e para os seus cuidadores).
Com custos sociais e económicos elevados. Portugal é o sexto país da Europa que mais gasta com a doença vascular cerebral. Os custos, diretos e indiretos, atingem, de acordo com um relatório recente, 2,5 milhões de euros anuais.
Mas, o AVC é, em grande parte, passível de ser prevenido e evitado. Todos nós, cidadãos, estruturas de Saúde, médicos e outros profissionais, devem aprender a reconhecer um conjunto de atitudes, hábitos e comportamentos (fatores de risco) que favorecem a ocorrência deste evento trombótico e a aceitar as estratégias de Saúde, direcionadas para os indivíduos de maior risco, capazes de favorecerem uma vida com mais qualidade, maior longevidade e menor propensão (menor probabilidade) de doença vascular cerebral.
www.fpcardiologia.pt                                               

Em Angola
AVC é a segunda maior causa de problemas físicos 455 Visualizações Setembro 10, 2015 Sociedade Romão Brandão Há sete anos, por exemplo, a questão fisioterapeuta no nosso país era complicada porque as atenções estavam viradas ao único Centro de Reabilitação, localizado na Maianga. Hoje, embora algumas pessoas não partilham da mesma ideia, houve para muitos uma melhoria significativa, uma vez que várias unidades hospitalares têm esse tipo de tratamento. O acidente vascular cerebral e acidente de viação são os que lideram os registos fisioterapêuticos. Dado o índice elevado de acidentes de viação, as patologias mais comuns são os da traumatologia que são assistidos na ortopedia , e os acidentes vascular cerebral (AVC) estão em segundo lugar na lista. Este último ainda levanta receio em muitos quando a questão envolve tratar-se dentro do país. Recentemente recuperado de um AVC, o cidadão José Sapato, de 44 anos, foi diagnosticado o derrame depois de ter passado mal no serviço e sido socorrido pelos colegas. Ainda inconsciente, foi assistido pelo centro médico do seu local de trabalho, TAAG, e posteriormente transferido para a clínica Multiperfil, dada a gravidade da situação. Ele disse “Tinha rebentado a veia, o sangue estava a espalhar-se no cérebro, segundo o que os doutores disseram. Fui operado e fiquei em coma durante algum tempo. Depois começaram a aparecer outros problemas de visão, respiração e fala. Não conseguia fazer nada”, conta. Para a fisioterapeuta Maria Maurício, da Multiperfil, apesar de ter reconhecido que o número de pacientes com fracturas fruto de acidentes de viação tem vindo a crescer, disse que tem havido casos de pacientes que não precisam de muitas secções de fisioterapia (apenas dez) para que comecem a mostrar melhorias. Depois dessa constatação, normalmente, o paciente é aconselhado a contactar novamente o seu médico de consulta, mas o grande problema tem surgido precisamente aqui, porque muitos escusam-se de contactar. “É fundamental que se dê um tratamento multidisciplinar, porque tem havido também casos de pacientes com dificuldades em pensar que vai ser curado, caindo em depressão e criando assim um entrave no processo de recuperação”, sublinha. A intervenção de um neuropsicólogo deve ser bem encarada nesse tipo de situação, para facilitar o tratamento psicoterapêutico. Pacientes com problemas de Osteoartrose, principalmente os com fraturamento causado por acidente de viação, devem passar por aquela intervenção, pois tem sido difícil para muitos, superar. Maria Maurício acompanhou o processo de recuperação de José Sapato, que ficou internado, após a descoberta do derrame cerebral, durante três semanas. A recuperação dele foi muito difícil, pois além dos problemas respiratórios e das dificuldades de fala, teve também défice na memória e paraplegia (do lado contra lateral). “Ele não conseguia ficar em pé, todos os movimentos alguém tinha de fazer. Para a sua recuperação levou quatro meses e actualmente continua a fazer a reabilitação para ganhar mais força e mais independência. A sua recuperação também deve-se ao apoio que a família deu, algo que nós recomendamos” sublinhou a especialista.
           www:htt//.angop.pais.ao

 



CONCLUSÁO
Se o paciente tem risco de desenvolver um AVC, é importante que se saiba reconhecer os sintomas para que ele seja imediatamente conduzido para um hospital e tratado adequadamente. É importante que, na suspeita de um AVC, conduza o paciente imediatamente a um hospital.



RESUMO
AVC é a sigla de Acidente Vascular Cerebral. O AVC (ou derrame) é uma doença cerebral grave com importantes complicações. É possível prevenir um acidente vascular cerebral prestando atenção ao seu estilo de vida, já que esta doença cerebral é encontrada principalmente em pessoas com diabetes, hipertensão e/ou com hipercolesterolemia (colesterol alto).
O AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo cerebral é interrompido, sendo que isso pode ser devido a um bloqueio de algum vaso ou uma hemorragia. É uma das principais causas de morte no mundo e uma das principais doenças que deixam seqüelas irreversíveis. O AVC ocorre principalmente em pessoas acima dos 55 anos de idade e tem como principais fatores de risco doenças crônicas como o diabetes, a hipertensão, colesterol alto, tabagismo e o uso de drogas ilícitas.
E as medidas preventivas incluem mudanças em hábitos alimentares (para evitar diabetes, hipertensão, colesterol alto e obesidade), pratica de atividades físicas e, eventualmente, uso de medicamentos preventivos, como os anticoagulantes.



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